A Nintendo finalmente revelou o tão aguardado Switch 2, e junto com a novidade veio também uma onda de discussões — especialmente em torno do preço. Com valor base de US$ 450 e jogos que podem custar até US$ 90, muitos fãs ficaram preocupados com o impacto no bolso. Mas segundo a empresa, esse aumento tem explicações.
Um reflexo da realidade econômica
Em entrevista recente ao site Polygon, Bill Trinen, vice-presidente de Experiência do Jogador e Produto da Nintendo, falou abertamente sobre o motivo por trás dos novos preços. Para ele, a culpa é da inflação:
Primeiramente, infelizmente estamos vivendo uma era em que a inflação afeta tudo. Ela impacta desde os preços do dia a dia até a tecnologia e produtos semelhantes.
Também estamos vendo dispositivos inteligentes que… eu gostaria que não fossem tão caros quanto são. Estão certamente muito mais caros do que quando surgiram, em meados dos anos 2000. À medida que mais tecnologia é incorporada a um sistema, especialmente nos dias de hoje, isso aumenta ainda mais os custos.
Bill Trinen, vice-presidente de Experiência do Jogador e Produto da Nintendo
Ou seja, o salto no preço acompanha a evolução do próprio console, que agora traz hardware mais moderno e potente, e não apenas uma atualização superficial.
O preço dos jogos também subiu — mas faz sentido?
Além do console, o preço dos jogos também tem causado polêmica. Alguns títulos podem chegar a custar US$ 90, algo que muitos não esperavam. No entanto, Trinen defende que esse aumento é resultado de uma avaliação cuidadosa:
O preço dos videogames foi muito estável por um longo período.
Na verdade, tenho um anúncio salvo no meu celular de 1993, quando Donkey Kong Country foi lançado para o SNES por US$ 59. É realmente muito tempo com os preços dos jogos se mantendo estáveis. E, obviamente, seria ótimo se não vivêssemos em uma era em que tudo está ficando mais caro — mas essa é a realidade.
Bill Trinen, vice-presidente de Experiência do Jogador e Produto da Nintendo
Segundo o executivo, o valor de cada jogo será definido com base em diversos critérios — como o tempo de duração, escopo da experiência e volume de conteúdo. Isso explicaria por que nem todos os jogos terão o mesmo preço, variando conforme o que cada um entrega ao jogador.
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O que esperar daqui pra frente?
Apesar da justificativa da Nintendo fazer sentido em termos econômicos, o novo patamar de preços levanta questões sobre acessibilidade e consumo.
O Switch 2 promete ser um salto técnico, mas resta saber se o público estará disposto (ou poderá) acompanhar esse novo custo de entrada para fazer parte da próxima geração.
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