Tudo o que mudou em Oblivion Remastered (e o que pode te irritar)

O clássico de 2006 que definiu uma geração de RPGs renasceu das cinzas, e não foi um renascimento discreto. Sem aviso prévio, The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered surgiu do nada, já disponível no Xbox Game Pass, PC, PS5 e Xbox Series X|S.

A Bethesda apostou alto: visual de ponta com Unreal Engine 5, jogabilidade ajustada e um sistema de progressão totalmente refeito. Só que esse “novo Oblivion” chega com 120 GB de bagagem, um preço salgado (R$ 264,90) e uma decisão que irritou muita gente: nada de suporte oficial a mods. Pois é… justo a Bethesda.

Um novo motor gráfico, visuais dignos de 2025 e um HD chorando

A mudança mais gritante em Oblivion Remastered é a migração para o Unreal Engine 5. Os visuais foram completamente refeitos: personagens, armas, cenários e efeitos climáticos parecem saídos de um RPG de última geração. Luzes e sombras reagem ao ambiente com realismo, e as paisagens de Cyrodiil brilham, literalmente.

Mas esse salto gráfico tem um custo: Oblivion Remastered exige cerca de 120 GB de espaço, contra os humildes 5,5 GB do original. E para completar, jogadores relatam quedas de desempenho e travamentos, especialmente em hardware mais modesto. Ou seja, se você sonha com 4K e 60 fps cravados, é bom alinhar as expectativas… e investir num bom SSD.

Corrida, combate e câmeras modernas

Oblivion era genial, mas tinha seus tropeços. A boa notícia é que muitos deles foram corrigidos em Oblivion Remastered. Agora é possível correr, uma adição simples, mas que muda bastante o ritmo da exploração. O combate foi turbinado com novas animações, sons mais impactantes, reações mais reais dos inimigos e até feedback tátil no PS5.

A câmera em terceira pessoa agora segue o estilo “por cima do ombro”, e o HUD recebeu um banho de loja, com atalhos modernos, menus redesenhados e uma navegação bem mais intuitiva.

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A velha treta do level up: agora menos dolorosa

O sistema de progressão do Oblivion original era… peculiar. Para evoluir com eficiência, era preciso manipular o jogo quase como se fosse uma planilha de Excel com espadas e feitiços. Em Oblivion Remastered esse caos foi suavizado.

Agora dá pra ganhar XP com habilidades principais e secundárias, e os pontos de “virtude” podem ser distribuídos livremente. Lembra de Skyrim? É por aí. Além disso, os inimigos escalam com o seu nível de forma mais equilibrada. Ou seja: chega de enfrentar bandidos com armaduras épicas logo após sair da prisão.

Conteúdo completo, mas sem mods

Oblivion Remastered traz todo o conteúdo original, incluindo as expansões Knights of the Nine e Shivering Isles. O mapa continua gigantesco, as missões estão todas lá, e aquele mundão de Cyrodiil permanece intacto. Mas o golpe veio onde dói: sem suporte oficial a mods.

Como o jogo usa Unreal Engine 5, ferramentas tradicionais como o Creation Kit não funcionam mais. A Bethesda não pretende oferecer alternativas. Isso significa que, pelo menos por enquanto, personalizações ficarão nas mãos da comunidade… e dos mais corajosos que toparem quebrar a cabeça.