Red Dead Redemption 3 vai ser prequel ou sequência? Rockstar tem uma escolha difícil a fazer

Enquanto a Rockstar Games dedica todos os seus esforços ao aguardado GTA 6, o destino de Red Dead Redemption continua envolto em mistério — mas longe de ser esquecido. A franquia, que conquistou milhões de jogadores com suas histórias emocionantes e seu retrato autêntico do Velho Oeste, pode estar prestes a enfrentar um dos maiores dilemas de sua trajetória: seguir para o futuro ou revisitar o passado.

O legado de uma saga inesquecível

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Desde o lançamento de Red Dead Redemption 2, a expectativa por um novo capítulo nunca deixou de existir. O segundo jogo, que serviu como prequel do primeiro, expandiu o universo da franquia com maestria, apresentando a ascensão e a queda da gangue Van der Linde e o inesquecível Arthur Morgan — um personagem que rapidamente se tornou um ícone.

Agora, com os holofotes da indústria apontando para o próximo grande projeto da Rockstar, muitos se perguntam: o que vem depois? Será que Red Dead Redemption 3 mergulhará ainda mais fundo nas origens da gangue, ou seguirá em frente com a história de Jack Marston, o herdeiro do legado fora-da-lei?

A força de uma prequel — e o risco de perder o mistério

Uma parte considerável dos fãs acredita que um novo prelúdio poderia ser fascinante. Seria a chance perfeita de mostrar os primórdios da gangue de Dutch Van der Linde, quando a camaradagem ainda reinava e o caos parecia distante. Poderíamos conhecer versões mais jovens de personagens marcantes como Dutch, Hosea, Arthur e John, descobrindo o que os levou ao destino trágico que já conhecemos.

Mas há um problema: explicar demais pode tirar o encanto. Parte do poder narrativo de Red Dead Redemption 2 vem justamente do mistério — da sensação nostálgica de que os “tempos de ouro” da gangue talvez nunca tenham existido de verdade.

Revisitar o passado pode preencher lacunas, mas também corre o risco de eliminar a aura de lenda que envolve esses personagens. E isso, para uma saga tão marcada pela emoção e pela ambiguidade moral, seria uma perda difícil de recuperar.

O caminho de Jack Marston — o futuro do Velho Oeste

Imagem: Rockstar Games

Por outro lado, há quem defenda com entusiasmo a ideia de seguir com Jack Marston, o filho de John. Uma sequência direta permitiria explorar uma era de transição — o fim definitivo do Velho Oeste e o nascimento da modernidade. Seria o palco perfeito para mostrar o conflito entre o passado selvagem e o novo mundo que se forma.

Imagine um jogo ambientado nos anos 1910 ou 1920, mostrando como Jack tenta equilibrar o peso do sobrenome “Marston” com o desejo de construir uma vida diferente. Essa jornada pessoal poderia trazer uma carga emocional inédita para a franquia — um verdadeiro ciclo de redenção.

Porém, nem tudo são flores. Alguns fãs acreditam que avançar demais no tempo faria Red Dead Redemption perder sua essência. Afinal, quanto mais o mundo se moderniza, menos espaço há para pistoleiros, saloons e duelos sob o pôr do sol. Um Red Dead ambientado na era dos automóveis e metrópoles talvez soe mais como uma história de máfia do que como um western clássico.

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O dilema da Rockstar

Seja qual for o caminho, uma coisa é certa: a Rockstar Games terá que tomar uma das decisões mais delicadas da sua história recente.
Um Red Dead Redemption 3 precisa ser mais do que apenas um jogo tecnicamente impressionante — ele precisa honrar o legado emocional construído ao longo de duas obras-primas.

E embora o estúdio ainda não tenha confirmado oficialmente o desenvolvimento do jogo, os sinais de que algo pode estar nos bastidores são cada vez mais fortes.
Afinal, uma franquia com tamanha popularidade e impacto dificilmente ficaria adormecida por muito tempo.

A grande questão é: quando Red Dead retornar, o que a Rockstar estará disposta a arriscar para surpreender os jogadores novamente?

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