Polêmica: CEO da Ubisoft é nomeado líder da nova subsidiária

A Ubisoft, uma das maiores publishers do mundo dos games, acaba de tomar uma decisão que promete mexer com os bastidores da indústria.
Em um e-mail interno enviado aos funcionários, o CEO Yves Guillemot anunciou oficialmente a formação de uma nova subsidiária em parceria com a gigante chinesa Tencent — e o detalhe mais surpreendente foi a nomeação de Charlie Guillemot, seu filho, como co-CEO da nova empresa.
A nova unidade faz parte de um projeto mais amplo chamado de “Creative Houses”, que pretende reorganizar a Ubisoft em estruturas independentes, cada uma responsável por determinados jogos e propriedades intelectuais.

O que são as “Creative Houses”?
Apesar do nome ainda soar um pouco abstrato, a ideia é que a Ubisoft seja dividida em várias unidades criativas, cada uma com seu foco de atuação em diferentes franquias. Segundo Yves, essa abordagem vai permitir mais agilidade, foco criativo e autonomia operacional — um modelo que lembra o que estúdios como a Embracer Group tentaram fazer no passado.
A primeira dessas “Creative Houses” já foi anunciada, com Charlie Guillemot e Christophe Derennes no comando. A empresa nasce com investimento de US$ 1,25 bilhão da Tencent, que agora possui 25% de participação na nova companhia, avaliada em cerca de US$ 5 bilhões.
Entre as franquias transferidas para essa nova estrutura estão Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six, com operações nas cidades de Montreal, Quebec, Sherbrooke, Saguenay, Barcelona e Sofia.
Nomeação de Charlie Guillemot causa ruído interno
O que era pra ser apenas um anúncio corporativo acabou se tornando um tema delicado entre os funcionários da Ubisoft. De acordo com fontes do portal Insider Gaming, houve desconforto com a escolha de Charlie Guillemot como co-CEO, principalmente por suposta falta de qualificação e experiência.
Além disso, Charlie vai liderar o chamado “Comitê de Transformação” da Ubisoft, ao lado de Marie-Sophie de Waubert — outra figura importante dentro da empresa.
Com todo esse movimento estratégico, a Ubisoft promete divulgar mais detalhes sobre o funcionamento das “Creative Houses” até o final de setembro, mas já está claro que o novo modelo trará mudanças significativas na gestão de suas franquias e estúdios.
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A Ubisoft pode estar abrindo um novo capítulo — ou cavando um buraco?
Apesar do discurso otimista, o movimento levanta questões delicadas:
Será que a Ubisoft está preparando o terreno para uma nova era criativa com mais liberdade e foco em inovação?
Ou estamos assistindo a um processo de concentração de poder nas mãos erradas, que pode minar a confiança de funcionários e jogadores?
O futuro da Ubisoft está sendo reescrito agora — e o mundo gamer está assistindo de perto.
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