O poder crescente da Sony sobre o anime gera controvérsias

O crescente interesse da Sony no universo dos animes está chamando a atenção e levantando algumas preocupações. A história começou com Ichiro Yamaguchi, vocalista e guitarrista da banda Sakanaction, que expressou seu desejo de produzir mais trilhas sonoras para animes. No entanto, ele também comentou sobre a propriedade da Aniplex pela Sony Music, o que o faz questionar como isso pode limitar a participação de outros artistas.
A Aniplex, que gerencia diversas obras de anime, incluindo o sucesso Demon Slayer, faz parte do conglomerado Sony. Isso significa que a Sony tem um grande poder em selecionar artistas e produtores que já são contratados pela empresa para criar trilhas sonoras para seus projetos. Yamaguchi acredita que isso diminui as oportunidades para novos talentos se envolverem.
Recentemente, a situação ficou mais evidente. A banda Yoasobi, um dos grupos da Sony Music, criou a música-título de Oshi no Ko, enquanto Creepy Nuts, de outra gravadora sob o mesmo grupo, ficou responsável pela canção de Dandadan. Vale lembrar que ambos os animes não foram produzidos pela Aniplex.
Entretanto, a Aniplex também trouxe artistas como Aimer e LiSA para compor as músicas principais do filme Demon Slayer: Infinity Castle, que foi um grande sucesso de bilheteira. Ambos têm contrato com a Sony Music, evidenciando a conexão estreita entre a gravadora e os projetos de animação.
Esta situação parece retratar uma tendência de consolidação no setor. Embora seja compreensível o desejo da Sony de expandir sua presença no mundo dos animes, muitos veem isso como um caminho que pode limitar a diversidade e a inovação criativa no futuro.
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