Control 2 quer provar que não precisa de bilhões para ser incrível

Num momento em que os games AAA viraram verdadeiras superproduções de Hollywood, com orçamentos inflados, cronogramas apertados e expectativas absurdas, a Remedy resolveu seguir por um caminho inesperado. Control 2, sequência do aclamado game de 2019, está sendo desenvolvido com um orçamento significativamente menor que o de Alan Wake 2. Mas calma, isso não é motivo para torcer o nariz.

A estratégia por trás do orçamento enxuto

Segundo o CEO da Remedy, Tero Virtala, a ideia não é “fazer mágica com troco de pão”, mas sim apostar em inteligência e eficiência. Em entrevista recente, ele revelou que algo em torno de 50 milhões de euros é o suficiente para criar um excelente jogo. E se vender dois milhões de cópias? Já está no lucro. Com quatro ou cinco milhões, então, é festa na Finlândia.

Fazer mais com menos virou quase um mantra, especialmente após os surtos de demissões em estúdios gigantes. E, sejamos honestos: Control é justamente o tipo de jogo que não precisa de 200 milhões para brilhar. A ambientação bizarra, os poderes telecinéticos, os documentos escondidos e aquele jeitão de série sci-fi já garantem a experiência imersiva, desde que bem executados.

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Control
Imagem: Remedy Entertainment

É cedo para cravar se Control 2 vai entregar tudo isso, mas o discurso é promissor. Fazer um bom jogo com orçamento controlado é quase um ato de resistência em tempos de gastos descontrolados. E se tem um estúdio com histórico de criar experiências memoráveis com ideias malucas e roteiros que mais parecem saídos de um sonho febril… é a Remedy.

No fim das contas, pode ser que Control 2 acabe sendo não só um grande jogo, mas também um novo modelo de como se manter criativo e relevante sem depender de cifras galácticas. E se isso acontecer, talvez a indústria finalmente perceba que gastar menos não é sinônimo de entregar menos.

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