Apesar de tudo, Dragon Age The Veilguard merecia uma DLC

Dragon Age: The Veilguard chegou ao mercado carregando expectativas — e também o peso de um desenvolvimento conturbado. Apesar de entregar alguns momentos memoráveis, como o cerco de Weisshaupt, o jogo deixa a sensação de que faltou alma.

A escrita vacila, os arcos políticos — marca registrada da série — desaparecem, e o que resta é uma versão de Thedas que pouco lembra o que a tornou especial para os fãs.

Mas o que realmente gerou frustração foi o anúncio de que The Veilguard não terá DLC. E, acredite, isso não é apenas sobre “consertar o jogo” — é sobre oportunidades perdidas.

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Um ciclo quebrado dentro da BioWare

Desde o início, The Veilguard enfrentou um caminho cheio de pedras. Cancelamentos, mudanças de direção impostas pela EA, tentativas de transformar o jogo em um título multiplayer e, depois, o retorno forçado ao single-player… tudo isso cobrou seu preço. O resultado final parece mais uma conclusão obrigatória do que uma carta de amor à franquia.

E, justamente por isso, a ausência de DLC dói mais. Não por esperança de salvação, mas pela vontade de ver essa equipe criar algo seu, sem carregar as cicatrizes das reviravoltas do projeto.

O que os DLCs poderiam ter trazido?

Imagem: BioWare

Em vez de tentar “remendar” a história principal, as expansões poderiam ter explorado narrativas paralelas. Imagine um DLC ambientado em Ferelden, acompanhando o caos que só é mencionado no jogo base.

Ou quem sabe, o retorno do Inquisidor? Uma jornada política, digna dos primeiros títulos, também teria sido bem-vinda — algo que tocasse nas intrigas de Orlais, nos destinos dos Grey Wardens ou até mesmo em novas ameaças.

Esses conteúdos extras seriam uma chance de revisitar o que foi deixado de lado, de dar profundidade aos novos personagens e de criar histórias autênticas, livres da sombra de Solas.

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O fim de uma era?

Ao longo da franquia, os DLCs sempre foram usados para afinar mecânicas, aprofundar narrativas e experimentar ideias. Foi assim com Awakening, que renovou a jogabilidade de Origins, e com Trespasser, que encerrou Inquisition com ritmo e impacto. Com The Veilguard, tudo isso ficou pelo caminho.

É uma pena. Porque mesmo que a base tenha decepcionado, mais Dragon Age sempre seria bem-vindo — especialmente um que mostrasse o que essa nova equipe poderia criar sem amarras. Agora, só nos resta esperar… por um novo capítulo que talvez demore mais do que gostaríamos.

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