Análise de Wheel World para PS5 na Push Square

Wheel World é um jogo de ciclismo em mundo aberto que transmite claramente o amor por tudo que envolve pedalar. Embora tenha um estilo mais arcade do que um simulador realista, ele consegue capturar as alegrias de andar de bicicleta de uma forma que poucos jogos conseguem.

No papel, você assume o controle da Kat, uma protagonista que é uma verdadeira figura. Ela é silenciosa e parte em uma aventura para ajudar Skully, um espírito em forma de crânio flutuante que precisa consertar sua bicicleta lendária. A história, mesmo que simples, é cativante, mas o que realmente brilha em Wheel World é a jogabilidade.

Após um breve capítulo introdutório, você fica livre para explorar um mundo aberto dividido em várias regiões. O objetivo é coletar peças importantes para reconstruir a bicicleta do Skully, tudo isso enquanto conhece os melhores ciclistas do continente, cada um em um canto diferente do mapa.

À medida que você pedala de um lugar para outro, é possível personalizar e melhorar sua bicicleta com novos quadros, rodas, guidões, selins e correntes, que podem ser adquiridos, encontrados ou ganhos em corridas. Com uma bicicleta em boas condições, você começa a enfrentar desafios cada vez mais complexos.

A curva de aprendizado em Wheel World é bem interessante. O jogo dura cerca de seis ou sete horas, mas a variedade de recompensas e as melhorias que você faz em sua bicicleta fazem com que se sinta como se estivesse realmente avançando na sua jornada. Voltar a corridas que antes pareciam difíceis e dominar com sua bicicleta turbinada é uma sensação incrível.

As corridas estão espalhadas pelo mapa. Algumas têm rotas curtas que premiam a velocidade, enquanto outras misturam estradas sinuosas com caminhos de terra que exigem mais habilidade para serem dominadas. Para vencer a maioria das corridas, basta ter uma bicicleta bem equilibrada, mas se você quiser tempos recordes e aparecer nas classificações, vale a pena se preparar melhor.

Os controles são bem responsivos e a sensação ao jogar no PS5 é realmente satisfatória. O controle DualSense proporciona um feedback tátil que varia conforme sua velocidade e o tipo de terreno que você está enfrentando, tornando a experiência ainda mais envolvente.

Subir colinas, descer a toda velocidade e fazer curvas fechadas se torna uma verdadeira diversão. Porém, é uma pena que o jogo apresente alguns problemas nas horas finais. As rotas de corrida ficam mais complicadas, e certas pistas muito estreitas podem levar a situações frustrantes, onde os oponentes controlados por inteligência artificial acabam se esbarrando em você. Embora isso possa parecer um problema simples, na prática, um único impacto pode arruinar sua corrida, especialmente porque os adversários podem ser bem imprevisíveis.

Em um determinado ponto do jogo, um pequeno toque pode significar o fim de uma corrida – e com a qualidade do restante do game, essa falta de controle durante as colisões parece um erro que esperamos que seja corrigido em futuras atualizações.

Além disso, a performance do jogo também deixa a desejar. Até mesmo no PS5 Pro, há quedas significativas na taxa de quadros em áreas mais movimentadas, como as cidades congestionadas do mapa. Embora o controle responsivo ajude a minimizar o impacto desses problemas, ainda são situações irritantes, e até mesmo a tela pode apresentar falhas em ambientes mais abertos.

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