A franquia Borderlands é um fenômeno dos games, com quase 100 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo. No entanto, após o sucesso absoluto de Borderlands 2, a série perdeu parte do brilho, especialmente com o tom e o humor de Borderlands 3, que dividiram opiniões.
Agora, depois de muitas expectativas, Borderlands 4 chega para provar que a Gearbox aprendeu com os erros do passado — e o resultado é um título que muitos fãs já consideram o verdadeiro sucessor espiritual de Borderlands 2.
Um novo vilão e um mundo diferente
A história de Borderlands 4 se passa em Kairos, planeta ameaçado pelo vilão The Timekeeper. Como sempre, o jogador assume o papel de um dos quatro Vault Hunters em busca de loot, ação e chefões épicos.
A grande novidade é que, desta vez, o jogo conta com um mundo aberto totalmente contínuo, sem divisões entre áreas. Essa mudança torna a exploração mais natural e fluida, mesmo que alguns cenários não sejam tão memoráveis quanto os de jogos anteriores, como a icônica Sanctuary de Borderlands 2.
Jogabilidade repaginada
O combate continua sendo o grande destaque da série, e em Borderlands 4 ele está ainda mais satisfatório. A cada headshot, os inimigos explodem de forma visceral, criando uma sensação única que prende o jogador mesmo após o fim da campanha.
Outro ponto de destaque são os modos alternativos de disparo. Rifles que podem atirar como escopetas, SMGs que lançam granadas e efeitos especiais exclusivos de cada fabricante adicionam profundidade às batalhas.
A Gearbox também ajustou a progressão de loot. Os itens lendários agora são realmente raros, exigindo que o jogador enfrente missões desafiadoras ou chefões poderosos para conquistá-los, o que aumenta a sensação de recompensa.
Novas mecânicas de movimento
Borderlands 4 introduz também o gancho de escalada, mas sua implementação é limitada: só pode ser usado em pontos específicos e não adiciona a liberdade que os jogadores esperavam.
Em compensação, o pulo aprimorado e a habilidade de planar tornam a movimentação mais dinâmica e prática durante as batalhas.
O tom e o humor ajustados
Se há uma grande lição que a Gearbox aprendeu com Borderlands 3, foi sobre o humor. O excesso de piadas de referência e diálogos constrangedores foi substituído por um tom mais equilibrado e direto.
Claptrap, o mascote que divide opiniões, aparece de forma muito mais discreta, enquanto Tiny Tina sequer faz parte do jogo. O resultado é um enredo que, embora não seja brilhante, deixa o foco no que importa: a ação e o loot.
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Borderlands 4 é o melhor capítulo da série desde Borderlands 2. Ele combina tiroteios intensos, loot recompensador e uma estrutura de mundo aberto moderna, tudo isso com um tom narrativo mais contido e maduro.
Mesmo com falhas pontuais, como o ritmo da parte final da campanha e o gancho pouco inspirado, o jogo prova que a franquia ainda tem muito gás para queimar.
Para quem se decepcionou com o terceiro jogo, Borderlands 4 surge como uma redenção, reafirmando o lugar da saga entre os shooters mais divertidos e frenéticos da indústria.
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