8 jogos que arruinaram suas franquias
Em uma indústria onde cada jogo carrega o potencial de ser uma obra-prima, alguns títulos acabam marcando a história por razões menos gloriosas. A trajetória de sucesso de franquias lendárias como Super Mario Bros., Resident Evil, GTA e Pokémon demonstra a complexidade de se manter no topo, inovando sem perder a essência que conquistou os corações dos fãs. Por outro lado, histórias de potencial desperdiçado servem de lição para toda a indústria.
Vamos ver aqui 8 jogos que foram tão ruins, que quase arruinaram suas franquias.
Medal of Honor: Warfighter
Medal of Honor era referência quando o assunto era jogos de tiro em primeira pessoa com temática de guerra. Porém, a saga foi gradativamente ofuscada pelo sucesso monstruoso de Call of Duty. E o ápice foi quando saiu a trilogia Modern Warfare, que elevou Call of Duty para outro patamar e ditou tendências no gênero. Como uma forma de combater isso, a EA buscou surfar na onda, lançando games da saga Medal of Honor também ambientados em guerras modernas. Porém, os títulos lançados não convenceram, e a gota d’água foi com Warfighter.
O jogo prometia uma experiência autêntica e emocionante de combate moderno, seguindo os passos de seus predecessores aclamados. Contudo, foi criticado por sua campanha sem inspiração, problemas técnicos, e um multiplayer que não conseguiu capturar a atenção dos jogadores, resultando em uma recepção morna que impactou negativamente a reputação da franquia. Desde então, Medal of Honor tem estado na geladeira. Ele foi ressuscitado apenas em 2020, com Medal of Honor: Above and Beyond lançado para realidade virtual. Mas desde então, nada é falado sobre a franquia.
Tony Hawk’s Pro Skater 5
A franquia Tony Hawk’s sempre foi referência quando se trata de jogos de skate. E a subsérie Pro Skater é, de longe, a melhor da marca. Depois do Tony Hawk’s Pro Skater 4, a franquia foi perdendo força com lançamentos medianos lançados ao longo dos anos. Até que prometeram a volta triunfal com o Pro Skater 5.
A ideia era buscar reviver a magia dos primeiros jogos da série, que combinavam uma jogabilidade viciante com uma trilha sonora cativante. Entretanto, falhou ao entregar um produto final repleto de bugs, gráficos abaixo do esperado para sua geração, e uma jogabilidade que não fazia jus à herança da série, afastando tanto novatos quanto fãs de longa data.
Felizmente, a franquia ganhou um respiro com o lançamento do remaster Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que foi aclamado pelos fãs.
Dead Space 3
Dead Space chamou muita atenção na geração PS3/Xbox 360 por conta da sua ambientação e terror visceral. O primeiro título era todo trabalhado no clima de terror. Sua sequência, Dead Space 2, introduziu alguns elementos de ação, mas o gênero de terror foi respeitado.
Quando chegou o Dead Space 3, eles tentaram trazer mais elementos de ação, além de introduzir co-op. Isso simplesmente não combinou com uma franquia conhecida por sua atmosfera de terror e suspense. Essa mudança de direção diluiu a essência que tornava a série única, decepcionando jogadores que esperavam mais do horror claustrofóbico e da narrativa envolvente que definiram os primeiros jogos.
Apesar de Dead Space 3 não ser necessariamente um jogo ruim, ele acabou espantando os fãs da saga. Felizmente, esse é mais um caso de franquia que foi resgatada, tendo retornado recentemente com o remake do primeiro Dead Space.
Dino Crisis 3
Dino Crisis é um clássico da Capcom da época do PS1. Seus dois primeiros jogos são aclamados até hoje pelos fãs. Mas quando chegou a hora de fazer o terceiro jogo, algo muito errado aconteceu.
Dino Crisis 3 se afastou das raízes de terror e sobrevivência que definiram os primeiros jogos da série, optando por uma abordagem mais voltada à ação e ambientada no espaço. Essa mudança significativa desagradou muitos fãs, que esperavam a atmosfera tensa e a jogabilidade cuidadosa dos títulos anteriores. Além disso, problemas técnicos e uma câmera problemática dificultaram ainda mais a experiência dos jogadores.
Breath of Fire 6
E falando em Capcom, esse aqui deu um gosto amargo nos fãs. A franquia Breath of Fire é uma das mais clássicas dos JRPGs, e muitos fãs desejam muito que ela retorne. No PS2, a saga já perdeu forças com o lançamento controverso de Breath of Fire: Dragon Quarter, o que já deixou a franquia na geladeira por muitos anos.
Mas quando a Capcom decidiu revisitar a saga finalmente… Eles lançaram Breath of Fire 6 como um gatcha genérico, tomando uma direção radicalmente diferente. O jogo foir lançado como um jogo de RPG online para dispositivos móveis e PCs, afastando-se do formato tradicional de RPG de console que caracterizava a série.
A mudança para um modelo freemium e a falta de profundidade na história e na jogabilidade frustraram os fãs de longa data, que sentiram que o legado da série foi comprometido em favor de tendências de mercado. A repercussão negativa foi tanta que Breath of Fire 6 nunca saiu do Japão, e foi descontinuado apenas 1 anos depois do seu lançamento. Um episódio vergonhoso pra franquia e que, aparentemente, convenceu a Capcom de que não valia a pena voltar para Breath of Fire, apesar do apelo dos fãs.
Duke Nukem Forever
Duke Nukem Forever é um caso controverso por vários motivos. Após um infame desenvolvimento de mais de uma década, o jogo enfrentou críticas severas ao seu lançamento. Apesar da grande expectativa, o jogo foi recebido como um produto desatualizado, com humor questionável, gráficos ultrapassados e mecânicas de jogo que não acompanharam as inovações introduzidas por outros títulos no gênero FPS durante o período de seu prolongado desenvolvimento.
O jogo já foi lançado datado, e o seu protagonista não tinha mais o mesmo apelo de antes. E como resultado, esse foi o último game da saga que foi lançado até então. E não há qualquer previsão de um retorno de Duke Nukem, a não ser em homenagens e participações especiais, como foi o caso de sua aparição no jogo Bulletstorm.
Alone in the Dark: Illumination
A franquia Alone in the Dark teve dificuldades em se adaptar aos novos tempos. Apesar de ser a precursora do survival horror (fato esquecido por muitas pessoas), ao ganhar seus títulos mais modernos, ela não inovou e acabou sendo criticada pelos jogadores. E isso ficou ainda mais gritante com Alone in the Dark: Illumination.
O jogo buscou revitalizar a icônica série de horror com uma nova abordagem, introduzindo elementos de jogo cooperativo em um gênero tradicionalmente solitário. No entanto, essa decisão se mostrou controversa. Muitos fãs sentiram falta da atmosfera tensa e da narrativa envolvente que definiam os títulos anteriores. Adicionado a isso, problemas técnicos e uma jogabilidade que muitas vezes parecia desconexa e repetitiva contribuíram para uma experiência que ficou aquém das expectativas.
Alone in the Dark acabou ficando “abandonada no escuro” depois desse título. Felizmente, estamos diante de mais um caso com final feliz, já que a franquia está sendo resgatada com o lançamento de um Remake previsto para os próximos dias.
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Castlevania: Lords of Shadow 2
A franquia Castlevania é uma das mais aclamadas do mundo dos games. Mas o seu reboot com a trilogia Lords of Shadow divide opiniões.
Lords of Shadow 2 chegou com a promessa de concluir a saga Lords of Shadow com grandiosidade, oferecendo aos jogadores a chance de explorar um mundo vasto com a riqueza narrativa e a ação intensa que a série é conhecida. No entanto, apesar de momentos de brilho, o jogo enfrentou críticas por sua mecânica de stealth forçada, um mundo aberto que muitas vezes parecia vazio e sem vida, e uma narrativa que não conseguiu capturar a essência que os fãs esperavam.
Depois disso, a Konami parou de dar atenção à franquia. Poucos anos depois, a empresa passou a se dedicar muito mais ao mercado mobile e de Pachinko. Dessa forma, a franquia Castlevania passou os próximos anos apenas vivendo de relançamentos, lançamentos de games de menor porte para mobile e a série animada da Netflix. Ainda precisamos ver o real retorno de Castlevania aos video games.
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