8 versões bizarras (e até meio tristes) de jogos amados

Todo gamer veterano já passou por isso: ver um jogo incrível no fliperama ou em outra plataforma, se empolgar com a ideia de jogar em casa… e descobrir que o port é uma aberração.

Seja por limitações técnicas ou decisões esquisitas, esses jogos foram transformados em algo muito distante da experiência original. Aqui vão alguns dos casos mais marcantes (ou traumatizantes):

Final Fight (SNES)

Imagem: Capcom

Nos arcades, Final Fight era sinônimo de pancadaria em dupla, personagens carismáticos e visual caprichado. Mas quando chegou ao Super Nintendo… o jogo veio capado. Guy foi totalmente removido da versão original, restando apenas Cody e Haggar. E pior: sem modo multiplayer.

A desculpa da Capcom? Limitações de memória. Mas anos depois, lançaram Final Fight Guy, que trocava Cody por Guy. Sim, em vez de fazer uma versão completa, lançaram dois jogos incompletos. Estratégia comercial ou trolagem de alto nível?

Pac-Man (Atari 2600)

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A versão original de Pac-Man era colorida, fluida e viciante. No Atari 2600, virou um pesadelo em forma de cartucho. O fundo azul cansava os olhos, os fantasmas — que deveriam ter personalidades — eram todos iguais e o som parecia um despertador quebrado.

O jogo foi desenvolvido em apenas seis semanas (!) para sair a tempo do Natal. Resultado? Um port mal otimizado, que vendeu milhões, mas deixou jogadores frustrados. Muitos apontam essa versão como um dos catalisadores do colapso da indústria em 1983.

Dragon’s Lair (NES)

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Nos fliperamas, Dragon’s Lair parecia uma animação da Disney jogável, com cenas belíssimas e sequências interativas. Quando foi adaptado pro NES, tudo isso desapareceu. A versão virou um jogo de plataforma com controle engessado, animações básicas e dificuldade punitiva.

O charme visual que definia o jogo original foi substituído por uma jogabilidade genérica e repetitiva. O nome era o mesmo, mas o coração… tinha sido arrancado e enterrado em algum calabouço pixelado.

Dead Rising: Chop Til You Drop (Wii)

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O caos de esmagar zumbis em Dead Rising era um dos maiores atrativos do Xbox 360. Quando tentaram levar o jogo para o Wii, veio a decepção: menos zumbis na tela, cenários muito mais simples e — pasme — a icônica mecânica de fotografia foi removida.

Apesar de rodar melhor no Wii por conta da adaptação do motor gráfico (usaram o de Resident Evil 4), o resultado perdeu a alma do original. O que era um sanduíche de caos e criatividade virou uma torrada seca de ação genérica.

Street Fighter II (Commodore 64)

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O lendário jogo de luta ficou irreconhecível no Commodore 64. Com gráficos absurdamente pixelados, paleta de cores pobre e controles travados, a versão parecia mais uma versão do Street Fighter I do que o sucesso consagrado que dominava os fliperamas.

A movimentação era engessada, os golpes saíam com atraso e a trilha sonora soava como se alguém estivesse batendo numa panela de pressão. Os personagens mal podiam ser identificados — e boa sorte tentando fazer um Hadouken.

Virtua Fighter 2 (Mega Drive)

Imagem: Sega

Nos arcades, Virtua Fighter 2 era um dos marcos do 3D, com gráficos poligonais impressionantes pra época. No Mega Drive, a Sega decidiu fazer o jogo em 2D. Sim: Virtua Fighter virou 2D Fighter. A essência do game foi trocada por sprites simples e gameplay mais arcade.

Apesar da boa intenção de adaptar a experiência, o que chegou ao público foi uma versão muito mais simplificada, que lembrava um jogo de luta genérico com o nome de Virtua Fighter colado na capa. Uma mudança radical que dividiu os fãs.

Race Drivin’ (SNES)

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Nos arcades, Race Drivin’ era um simulador 3D realista (pra época), com física de direção e até loopings. No SNES? A tentativa de replicar tudo isso em um console 16-bit resultou em um jogo com taxa de quadros tão baixa que parecia um PowerPoint de corrida.

Dirigir era quase impossível, e a lentidão transformava até a curva mais simples em um exercício de paciência. Jogar Race Drivin’ no SNES era como tentar correr na areia movediça — com um carro de papel.

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Resident Evil 2 (Game.com)

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Resident Evil 2 é lembrado por seu clima sombrio, ação tensa e narrativa envolvente. Agora imagine isso em um portátil preto e branco, com jogabilidade 2D lateral, animações mínimas e… sem a campanha da Claire. Essa era a versão do Game.com, o console da Tiger.

Mesmo dentro das limitações técnicas, o jogo parecia uma sombra pálida (literalmente) do original. A atmosfera de terror foi trocada por frustração. O verdadeiro survival horror era tentar jogar até o fim.

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