Os fãs da franquia Warriors tiveram uma grande surpresa recentemente com o lançamento de Warriors: Abyss, um roguelike que coloca os icônicos guerreiros da série em uma nova e intensa jornada.
Revelado inesperadamente durante o State of Play da Sony, apenas um mês após Dynasty Warriors: Origins, o jogo busca incorporar elementos de sucesso de títulos como Hades. Mas será que essa fusão entre Musou e roguelike realmente funciona?
Um verdadeiro exército de personagens jogáveis
Para os veteranos da série, a melhor notícia é a quantidade impressionante de personagens disponíveis. Warriors: Abyss traz um elenco robusto de 100 lutadores vindos de Dynasty Warriors, Samurai Warriors e outros spin-offs. Cada personagem conta com seu próprio arsenal e conjunto de golpes, fiés aos jogos de origem, proporcionando uma experiência diversificada e com alto fator replay.
O jogo se passa no submundo, onde guerreiros lendários como Cao Cao, Nobunaga Oda e Ma Chao são convocados para enfrentar uma ameaça sobrenatural. A trama, no entanto, é superficial e serve apenas como um pretexto para a ação incessante. Comparado a outros roguelikes, como Hades, a história de Warriors: Abyss deixa a desejar, mas isso não chega a prejudicar a experiência.
Combate rápido e viciante
A jogabilidade é o verdadeiro destaque. O sistema de combate se baseia em combos rápidos e ataques especiais, mantendo a essência dos Musou, mas com um toque estratégico dos roguelikes.
Durante as batalhas, os jogadores podem formar laços com outros oficiais, ativando habilidades especiais ao final das sequências de golpes. Essas “invocações” adicionam profundidade ao sistema, exigindo planejamento sobre quando e como usá-las para otimizar o dano e sobreviver aos desafios.
A estrutura das fases é simples, composta por oito salas repetitivas por andar, seguidas de uma batalha contra chefão. Para vencer, é preciso atravessar quatro andares sem ser derrotado, acumulando upgrades e formações especiais ao longo do caminho. Apesar da variedade limitada dos cenários, o ritmo acelerado da ação mantém o jogo envolvente.
Progressão e desafios
Ao longo das partidas, os jogadores coletam Karma Embers, usados para desbloquear melhorias permanentes e fortalecer os personagens. Esse sistema de progressão oferece um equilíbrio entre aprimoramentos temporários e permanentes, incentivando novas tentativas e aumentando a longevidade do jogo.
Por outro lado, Warriors: Abyss apresenta alguns problemas técnicos. Quando muitas explosões e efeitos visuais preenchem a tela, a leitura dos ataques inimigos se torna difícil, resultando em dano evitável. Além disso, os frames de invencibilidade durante as esquivas são inconsistentes, causando momentos frustrantes.
Gráficos e direção de arte
Visualmente, Warriors: Abyss é decepcionante. Os cenários são vazios e a modelagem dos personagens parece rudimentar. Para um jogo ambientado no submundo, faltou criatividade na direção artística.
Ainda assim, as explosões e efeitos das Musou Formations garantem um show visual momentâneo, especialmente quando dezenas de inimigos são eliminados de uma só vez.
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Vale a pena jogar Warriors: Abyss?
Apesar dos tropeços, Warriors: Abyss é uma adição divertida e inovadora à franquia. A fusão entre o estilo Musou e os elementos roguelike funciona surpreendentemente bem, garantindo ação desenfreada e desafios constantes. Se você é fã de batalhas intensas e não se importa com um enredo raso e visuais simples, este jogo merece sua atenção.
Warriors: Abyss está disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5.
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