Tratamentos para consoles podem agravar amarelamento a longo prazo

Enquanto os eletrônicos brancos são bonitos, com o tempo muitos acabam adquirindo um tom amarelado, especialmente os consoles mais antigos. Por conta disso, técnicas conhecidas como Retrobright se tornaram populares entre os donos de videogames vintage. Mas, uma recente análise do canal Tech Tangents revela algo interessante: esses métodos podem funcionar a princípio, mas podem piorar a situação com o passar do tempo.

O canal fez um experimento interessante utilizando um console Dreamcast, da SEGA. Eles pegaram duas unidades do aparelho: uma tratada com Retrobright e outra sem qualquer intervenção. Após 10 anos, o resultado foi surpreendente. O console que não passou pela “restauração” ficou amarelado, mas o que foi tratado com Retrobright apresentou uma coloração desigual e mais intensa.

Por que os consoles ficam amarelados?

O apresentador Shelby Jueden, do canal, explica que o amarelamento dos consoles acontece por várias razões. O principal fator são reações químicas causadas por um elemento utilizado para retardar incêndios que, com o tempo, oxida devido à luz, oxigênio e variações de temperatura.

O processo de Retrobright normalmente envolve uma mistura de peróxido de hidrogênio e luz para tentar reverter essa oxidação. Embora o método pareça funcionar à primeira vista, Jueden alerta que os danos a longo prazo superam os benefícios.

Durante o tratamento, a água sanitária utilizada pode deixar manchas e estrias nos plásticos dos consoles. Isso significa que não só o amarelamento volta a ocorrer com o tempo, mas também o aparelho pode sofrer danos nas superfícies.

Para aqueles que desejam preservar seus consoles antigos, Jueden recomenda evitar essas fórmulas populares entre os retrogamers. Em vez de se arriscar com esses tratamentos, a manutenção e a limpeza periódica são as melhores práticas, aceitando que um tom amarelado pode ser parte do charme desses veteranos dos games.

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