Towa and the Guardians of the Sacred Tree: ideias boas, execução fraca

Desenvolvido pela Brownie Inc. e publicado pela Bandai Namco, Towa and the Guardians of the Sacred Tree nos apresentou uma proposta interessante com sua demo, mas será que a experiência completa entrega o que promete? Ao mergulharmos no jogo, percebemos que há ideias bacanas, mas também algumas frustrações que fazem a aventura não brilhar tanto quanto poderia.

A trama gira em torno de uma garota mágica, Towa, que luta para proteger sua vila, Shinju, das forças do mal. A grande jogada dela é a capacidade de resetar o tempo sempre que há uma falha, o que garante novas tentativas até alcançar seu objetivo. Logo no começo, descobrimos que, após várias tentativas bem-sucedidas, a linha do tempo ficou bagunçada, criando realidades paralelas e, consequentemente, mais problemas para resolver.

Essas reviravoltas no enredo podem parecer pesadas, mas a história de Towa tem um tom leve. Cada vez que retornamos de uma missão, os moradores de Shinju compartilham informações novas ou até piadinhas que tornam a narrativa mais divertida. A estrutura do jogo lembra bastante Hades, da Supergiant Games, embora não chegue a ter o mesmo refinamento. Em alguns momentos, os longos trechos de corte podem deixar o jogador ansioso, especialmente nas fases iniciais.

Towa: Uma luta contra as trevas

No game, Towa se junta a seus guardiões para enfrentar um inimigo poderoso, o Magatsu. O jogo convida o jogador a ter uma nova mentalidade nas batalhas e a abrir mão da liberdade dos guardiões para dominar a mana do adversário. Essa dinâmica traz uma camada extra de estratégia, já que podemos considerar qual guardião será mais útil em cada etapa.

Um combate com ideias brilhantes, mas execução decepcionante

O sistema de combate é um dos pontos altos de Towa and the Guardians of the Sacred Tree. O jogador controla dois personagens: Tsurugi, que usa espadas mágicas, e Kagura, que possui um cetro mágico. A combinação das habilidades de ambos é essencial para sobreviver. Embora essa dualidade enriqueça a jogabilidade, alguns personagens não possuem uma variedade de ataques significativos, o que limita a profundidade do combate.

Outro aspecto interessante é o desafio de perder um guardião após derrotar um chefe. Isso realmente faz o jogador pensar com cuidado na escolha de quem levar para a próxima fase. Essa escolha, porém, vem com o peso de evoluir esses personagens de maneira eficiente, ou corre-se o risco de não conseguir avançar em batalhas futuras.

Porém, Towa peca em não dar mais profundidade aos seus personagens. Cada um possui um “estilo de jogo”, mas com um conjunto limitado de movimentos. As espadas forjadas, que deveriam ser uma adição positiva, acabam não mudando a dinâmica das lutas, tornando-se meras variações de status.

O que vale a pena em Towa and the Guardians of the Sacred Tree?

O combate pode carecer de um pouco mais de impacto, já que muitos inimigos parecem apenas absorver dano. Além disso, o jogo não disponibiliza uma tradução em português e o modo multiplayer deixa a desejar, já que um dos personagens acaba ficando em segundo plano, sem muitas opções.

Ainda assim, a experiência central do jogo é intrigante. Com visuais bonitos e um elenco carismático, Towa and the Guardians of the Sacred Tree se destaca, mas não chega a ser uma revolução. É um título que oferece algo interessante, mas talvez seja em uma sequência que se torne realmente memorável.

Trazendo visuais que encantam e personagens que cativam, Towa pode ser qualificável como uma experiência média, ou como muitos diriam, uma “nota 6”. O jogo não é um desastre, tampouco é uma obra-prima. Se você busca algo no gênero de roguelike ou algo leve, talvez seja melhor explorar outras opções do mercado.

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