Silent Hill – Conheça todos os 14 jogos principais da franquia (incluindo os que ainda não saíram)

Poucas séries marcaram tanto a história dos survival horrors quanto Silent Hill. Criada por Keiichiro Toyama e lançada pela Konami em 1999, a franquia ficou conhecida por sua ambientação perturbadora, suas criaturas grotescas e histórias psicológicas que exploram os traumas humanos de forma única. Depois de quase uma década de silêncio, a saga retorna com novos jogos, remakes e projetos que prometem revitalizar esse universo sombrio.

O primeiro Silent Hill, lançado no PlayStation, apresentou Harry Mason em busca de sua filha na cidade amaldiçoada. O título se destacou por transformar limitações técnicas em estilo: a névoa, criada para esconder o “pop-in” gráfico, tornou-se marca registrada, e a trilha sonora de Akira Yamaoka elevou a atmosfera de terror psicológico.

Em Silent Hill 2 (2001), a série atingiu o auge. James Sunderland chega à cidade após receber uma carta de sua esposa falecida, mergulhando em uma trama perturbadora que introduziu o icônico Pyramid Head. O jogo continua sendo considerado por muitos o melhor survival horror já feito.

Silent Hill 3 (2003) trouxe Heather Mason, filha do protagonista do primeiro jogo, dando continuidade direta à trama original. Silent Hill 4: The Room (2004), por sua vez, ousou ao apresentar jogabilidade em primeira pessoa em partes da campanha, além de expandir os horrores para fora da cidade titular.

Nos anos seguintes, a franquia passou por mãos de outros estúdios, resultando em títulos como Silent Hill Origins (2007), Homecoming (2008), Shattered Memories (2009) — uma reimaginação sem combates — e Downpour (2012), último jogo principal antes do hiato. O projeto Silent Hills, de Hideo Kojima e Guillermo del Toro, chegou a empolgar fãs com a demo P.T., mas foi cancelado em 2015.

Após anos de incertezas, a Konami finalmente anunciou, a partir de 2022, uma série de novos projetos:

  • Silent Hill: The Short Message (2024), que abordou temas modernos como cyberbullying e isolamento social;
  • Silent Hill: Ascension, série interativa com narrativa moldada pela escolha do público;
  • Silent Hill 2 Remake (2024), desenvolvido pela Bloober Team, reimaginando o clássico com gráficos modernos;
  • Silent Hill ƒ, ambientado no Japão dos anos 1960, misturando beleza e terror de forma inédita;
  • Silent Hill: Townfall, desenvolvido pela No Code e publicado pela Annapurna Interactive;
  • e até mesmo o remake do Silent Hill original, prometendo recontar a história de Harry Mason.

Além dos títulos principais, a franquia soma diversos spin-offs, jogos para mobile, experimentos em arcade, além de adaptações para quadrinhos e cinema — com um novo filme já confirmado.

Vamos conferir com detalhes cada um dos jogos principais:

Silent Hill (1999)

Imagem: Konami

O primeiro título da saga apresentou Harry Mason, que após um acidente de carro precisa encontrar sua filha na cidade de Silent Hill.

O jogo marcou época por sua atmosfera sufocante, puzzles complexos, criaturas perturbadoras e o uso inteligente da névoa, criada inicialmente para mascarar limitações técnicas do PlayStation, mas que se tornou marca registrada da franquia.

Silent Hill 2 (2001)

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Considerado o auge da série, Silent Hill 2 trouxe James Sunderland em busca de respostas após receber uma carta da esposa já falecida.

O game mergulha no psicológico, apresentando personagens quebrados por traumas e o icônico Pyramid Head. Sua narrativa sombria e ambígua tornou-o uma das maiores referências do survival horror.

Silent Hill 3 (2003)

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O terceiro jogo retomou diretamente a trama do original, com Heather Mason, filha de Harry, como protagonista.

A história aprofunda os segredos do culto de Silent Hill, enquanto a ambientação grotesca e o visual sombrio mostram a evolução gráfica da época. Apesar de mudanças discretas na jogabilidade, é um dos capítulos mais importantes da saga.

Silent Hill 4: The Room (2004)

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Esse título ousou ao inovar na fórmula. Pela primeira vez, a história não se passa totalmente em Silent Hill, mas em Ashfield. O protagonista Henry Townshend fica preso em seu apartamento, acessando outros mundos por portais misteriosos.

O game mistura câmera em primeira pessoa no apartamento e em terceira pessoa nas explorações, oferecendo uma experiência única.

Silent Hill Origins (2007)

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Lançado inicialmente para PSP, Origins é um prelúdio do primeiro jogo. A trama acompanha Travis Grady, um caminhoneiro que se vê preso na cidade após resgatar uma menina misteriosa.

Apesar das limitações técnicas, trouxe novidades como o sistema de durabilidade das armas e uma jogabilidade mais fluida.

Silent Hill Homecoming (2008)

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Primeiro título da franquia para a sétima geração, Homecoming acompanha Alex Shepherd, veterano de guerra que retorna à sua cidade natal e encontra tudo mergulhado no caos.

Com gráficos mais realistas, sistema de combate aprimorado e escolhas de diálogos que alteram a história, dividiu opiniões entre fãs pela diferença de tom em relação aos anteriores.

Silent Hill Shattered Memories (2009)

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Uma reimaginação do primeiro jogo, Shattered Memories trouxe mudanças radicais: não há combates, apenas fuga, e a narrativa é moldada pelas respostas que o jogador dá em sessões de terapia.

Originalmente lançado no Wii, aproveitou os controles de movimento para ampliar a imersão, oferecendo uma experiência única dentro da franquia.

Silent Hill Downpour (2012)

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O último título antes do hiato acompanhou Murphy Pendleton, um prisioneiro que escapa após um acidente e acaba em Silent Hill.

O jogo apostou em exploração mais ampla, sidequests opcionais e gráficos detalhados, mas sofreu críticas por bugs no lançamento. Ainda assim, trouxe de volta o clima clássico da franquia.

Silent Hills / P.T. (2014-2015)

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Em 2014, a demo P.T. surpreendeu o público com uma experiência de terror em loop dentro de uma casa assombrada.

Revelado depois como teaser para Silent Hills, jogo que seria dirigido por Hideo Kojima e Guillermo del Toro com Norman Reedus no papel principal, acabou cancelado em 2015. Até hoje, P.T. é lembrado como uma das experiências mais assustadoras já criadas.

Silent Hill: The Short Message (2024)

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Após mais de 10 anos, a franquia voltou com The Short Message, focado em temas atuais como cyberbullying e isolamento social.

No papel de Anita, o jogador explora um prédio abandonado enquanto enfrenta manifestações psicológicas de seus medos. Apesar das críticas mistas, marcou o retorno oficial da série.

Silent Hill: Ascension (2023)

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Um projeto ousado que expandiu a franquia para o formato interativo. Ascension é uma série transmitida online em que os espectadores influenciam os rumos da narrativa.

Com histórias de diferentes personagens ao redor do mundo, reforçou a ideia de que Silent Hill é mais que uma cidade — é uma metáfora para os traumas humanos.

Silent Hill 2 Remake (2024)

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A Bloober Team trouxe uma reimaginação completa de Silent Hill 2 para PS5 e PC.

Com gráficos modernos, dublagem em múltiplos idiomas e ajustes de jogabilidade, o remake busca honrar o clássico de 2001, ao mesmo tempo em que apresenta novos detalhes e interpretações da história de James Sunderland.

Silent Hill ƒ (2025)

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Ambientado no Japão dos anos 1960, Silent Hill ƒ promete misturar a estética da cultura japonesa com o terror psicológico que caracteriza a franquia.

Com roteiro de Ryukishi07 (autor de Higurashi When They Cry), o jogo explora o contraste entre beleza e horror, trazendo novos elementos narrativos para a saga.

Leia mais:

Silent Hill: Townfall

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Produzido pela No Code e distribuído pela Annapurna Interactive, Townfall ainda guarda segredos.

O teaser divulgado não revela muito, mas a reputação dos estúdios envolvidos gera grandes expectativas. Será o primeiro jogo da saga publicado fora da própria Konami.

Silent Hill 1 Remake

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Além da reimaginação do segundo jogo, a Konami confirmou também um remake do Silent Hill original. Poucos detalhes foram revelados, mas a expectativa é de que a clássica jornada de Harry Mason seja modernizada para conquistar tanto veteranos quanto novos jogadores.

Silent Hill nunca foi apenas sobre monstros ou sustos. A série fala sobre culpa, perda, isolamento e medos profundos, traduzidos em cenários sufocantes e narrativas cheias de simbolismo. Agora, com o retorno da saga, fãs antigos e novos têm a chance de revisitar esse pesadelo envolvente — e torcer para que a volta da franquia seja tão grandiosa quanto seu legado.

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