Resident Evil seria um jogo de CIBORGUE? Conheça essa história

O desenvolvimento de Resident Evil 1 pela Capcom demorou mais do que o esperado. Inicialmente, o jogo foi considerado para o Super Nintendo, mas com o PlayStation já no mercado, a equipe decidiu aproveitar a nova tecnologia 3D. No entanto, a equipe de Shinji Mikami não estava familiarizada com o hardware do PlayStation, o que trouxe desafios e ambições ao projeto.

Inovações e desafios técnicos

Imagem: Reprodução/Residence of Evil

Os desenvolvedores estavam empolgados com as novas possibilidades tecnológicas, considerando a criação de ambientes totalmente 3D e personagens com captura de movimentos. Porém, essas ideias foram limitadas pela capacidade técnica do PlayStation, resultando em mudanças no design do jogo. Por exemplo, os ambientes 3D foram substituídos por imagens pré-renderizadas que simulavam profundidade.

Para manter o clima de terror durante os loadings, a Capcom usou telas de portas abrindo, uma solução criativa que se tornou uma marca registrada da série. Essas telas disfarçavam os loadings, mantendo a tensão e a imersão do jogador.

Mudanças no enredo e personagens

Imagem: Capcom

O enredo original de Shinji Mikami, que não se importava muito com narrativas complexas, foi rejeitado. Mikami inicialmente criou uma história simples para justificar a presença de quatro personagens em uma mansão cheia de monstros.

Esse enredo foi substituído por uma narrativa mais coerente e aterrorizante desenvolvida por Kenichi Iwao e Yasuyuki Saga. Personagens como Beam Mercurio e Gelzer foram reformulados ou descartados, resultando na criação de figuras icônicas como Chris Redfield e Jill Valentine.

Os elementos sobrenaturais inicialmente planejados foram substituídos por mutações causadas por um retrovírus, levando à criação do T-Vírus e da Umbrella Corporation. A inclusão de arquivos no jogo, que forneciam detalhes opcionais da história, se tornou uma característica reconhecível da franquia.

Desenvolvimento e lançamento

O desenvolvimento foi marcado por várias iterações e desafios técnicos, incluindo a escolha de dubladores e atores para cenas live-action. A qualidade da dublagem foi criticada, mas as cenas live-action, apesar de amadoras, contribuíram para o charme do jogo. A trilha sonora, composta por nomes que se tornariam famosos na indústria, também ajudou a criar a atmosfera de terror.

Resident Evil 1 passou por várias versões beta antes de seu lançamento final em 1996. Essas versões mostravam mudanças significativas no design e na jogabilidade, evidenciando o esforço contínuo da equipe para aperfeiçoar o jogo.

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O desenvolvimento de Resident Evil 1 foi um processo longo e desafiador, repleto de mudanças e inovações. A equipe da Capcom conseguiu superar as limitações técnicas do PlayStation e criar um jogo que não só definiu um gênero, mas também se tornou um clássico amado por gerações de jogadores. O lançamento em 1996 marcou o início de uma franquia icônica que continua a influenciar o mundo dos jogos até hoje.

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