PS5 se destaca em um novembro desafiador para consoles nos EUA

Neste mês de novembro, a Black Friday teve um grande destaque nos Estados Unidos, mas a situação do mercado de consoles está longe de ser animadora. De acordo com o último relatório da Circana, os gastos com hardware caíram 27% em relação ao ano passado. No total, foram vendidas apenas 1,6 milhão de unidades, o que representa o pior resultado para novembro desde os tempos do Super Nintendo e do PS1, lá em 1995.
O que mais chama a atenção é que nenhum fabricante ficou ileso a essa queda. O PS5, por exemplo, viu suas vendas despencarem 40% em comparação ao ano anterior. A nova geração do Switch, somando as vendas do Switch 2 e do Switch 1, teve uma queda de 10% em relação ao ano passado. Já a Xbox enfrentou um declínio de impressionantes 70%, atingindo o menor volume de vendas para um mês de novembro da marca, ultrapassada até mesmo por um novo console voltado para jogos de movimento, o NEX Playground.
Esses números são verdadeiramente alarmantes. Embora a Sony possa justificar a queda de vendas do PS5 pela chegada do PS5 Pro no mês passado, isso traz pouco conforto. O preço alto continua sendo um desafio para todas as plataformas; neste novembro, o preço médio de um console novo atingiu a marca histórica de US$ 439, um aumento de 11% em relação ao ano passado.
Durante o período da Black Friday, a Sony ofereceu algumas promoções, mas as tarifas e aumentos de preços contínuos ao longo dos anos fazem com que os descontos levassem o PS5 de volta ao preço de lançamento — cinco anos após seu lançamento, isso é bem frustrante para os consumidores. Para se ter uma ideia, em 2018 era possível comprar um PS4 junto com Marvel’s Spider-Man por menos de US$ 200, mostrando como os consoles ficaram caros.
Diversos fatores têm contribuído para esse aumento. Custos de componentes em alta, tarifas e os desafios de uma economia pós-pandemia têm pressionado os preços. Em tempos em que muitos estão lutando para pagar por itens básicos, o desejo por consoles, que estão mais caros do que nunca, é bastante limitado.
Ainda é cedo para afirmar como a indústria vai enfrentar esse cenário complicado. Será interessante conferir como dezembro se desenrola para entender melhor o panorama — a situação pode piorar com a redução de semicondutores, o que poderia elevar os preços ainda mais.


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