O PS5 enfrenta um problema de sequência?

É uma conversa comum entre os fãs de PlayStation que a PS5 não tem jogos, mas isso está longe da realidade. Na verdade, se olharmos de perto, percebemos um padrão interessante entre alguns dos títulos mais populares do console.

Lembrando os bons tempos do PS4, muitos jogadores têm memórias nostálgicas daquela era em que a Sony investiu pesado em suas produções internas. Séries consagradas como God of War foram revitalizadas e aclamadas, enquanto novas franquias, como Ghost of Tsushima, Horizon Zero Dawn e Marvel’s Spider-Man, conquistaram rapidamente o coração dos jogadores.

A PS5 também tem seus originais, como Astro Bot, Returnal e Stellar Blade, mas uma boa parte do seu catálogo é composta por sequências. E é exatamente sobre elas que queremos focar.

Recentemente, temos Ghost of Yotei, que é a continuação de Ghost of Tsushima. Embora traga um novo protagonista e se passe em uma época diferente, o jogo mantém a essência do original, mas com melhorias em diversos aspectos. Novas adições e refinamentos aproveitam ao máximo a potência da PS5, trazendo um polimento que os fãs já esperam dos estúdios da Sony.

Esse padrão de sequências pode ser observado em outros lançamentos notáveis da PS5, como God of War Ragnarok e Horizon Forbidden West. Embora todos sejam excelentes jogos que aprimoram o gameplay, seguem uma fórmula que já funcionou, o que leva a uma crítica comum: eles são seguros demais.

Produzir sequências é uma estratégia garantida de vendas, pois os jogadores tendem a se sentir confortáveis com o que já conhecem. Porém, isso pode acabar tornando os jogos um pouco sem graça. Apesar de serem ótimos, há um debate se eles realmente estão inovando ou apenas repetindo a mesma receita.

Saros, o próximo lançamento, está previsto para março de 2026. Embora não seja uma sequência direta de Returnal, muitos parecem tratá-lo como tal — “Returnal 2”. Para muitos fãs, isso gera uma preocupação com mais um jogo que pode não ousar explorar novas direções.

O tempo de desenvolvimento dos jogos também é um fator a considerar. Antes, a diferença entre uma sequência e outra era de apenas alguns anos; hoje, pode levar muito mais. Por exemplo, o tempo entre God of War (2018) e God of War Ragnarok é muito maior do que entre os títulos do PS2.

Enquanto as sequências precisam de tempo para serem bem feitas, também percebemos que a Sony sempre foi uma editora que gosta de explorar novas ideias e criar IPs interessantes. Não podemos esquecer que novos lançamentos, como Marvel’s Wolverine e Intergalactic: The Heretic Prophet, estão a caminho, abrindo espaço para inovações.

Além disso, essa tendência de sequências seguras não é exclusiva da Sony. Muitas outras grandes editoras estão adotando essa abordagem. No cenário atual, onde os custos para produzir jogos AAA são altíssimos, é compreensível que os desenvolvedores queiram apostar em algo que já é familiar e querido pelo público.

Em resumo, enquanto as sequências da Sony para PS5 têm seus encantos e qualidade, a sensação de familiaridade pode deixar alguns jogadores desejando mais ousadia e novidade.

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