Ninja Gaiden: análise de Ragebound para PS5

A série Ninja Gaiden já passou por muitas transformações ao longo do tempo, saindo de jogos em 2D para aventuras em 3D com um grande orçamento. O mais recente título, Ninja Gaiden: Ragebound, faz uma linda homenagem ao passado da franquia, resgatando suas raízes em um formato side-scrolling e, por sinal, trazendo resultados empolgantes.
O jogo se passa durante os eventos do primeiro título da série, seguindo Kenji, o aprendiz de Ryu. Ele não só luta contra inimigos, mas também precisa impedir uma invasão demoníaca. E, para a surpresa dele, acaba formando uma aliança com Kumori, membro do rival clã Black Spider. Juntos, eles combinam habilidades, o que abre novos leques de jogabilidade e traz uma dinâmica interessante ao controle.
Ação e Agilidade
Ragebound é essencialmente um plataforma de ação que se destaca pela agilidade e combate rápido. A movimentação é super fluida e o controle, muito intuitivo. Você se sente como um verdadeiro ninja ao atravessar cada cenário e eliminar inimigos. Uma das adições legais é o Guillotine boost, um movimento aéreo que permite atingir projéteis e inimigos, ampliando seus saltos e adicionando uma camada extra à mecânica.
Combate e Variedade
A maioria dos inimigos cai rapidamente, com os ataques corpo a corpo de Kenji ou os projéteis de kunai de Kumori. Porém, alguns adversários exigem uma combinação maior de ataques, mas a mecânica de Hypercharge facilita bastante. Inimigos com aura azul ou rosa precisam ser derrotados com ataques correspondentes, gerando um bônus que intensifica os próximos golpes.
Esse sistema não só traz variedade às batalhas, mas também incentiva o jogador a experimentar diferentes combos e técnicas. Vale ressaltar que o design de encontros é, em grande parte, muito bom, testando constantemente suas habilidades de combate.
Design de Níveis
Os níveis são quase todos lineares, mas extremamente agradáveis de explorar, com cenários que prendem a atenção. Assim que Kenji e Kumori se juntam, a jogabilidade muda um pouco. Em portais demoníacos específicos, você controla Kumori por um tempo limitado, utilizando seus kunais para passar por desafios de plataforma de forma rápida.
Cada fase oferece um bom nível de rejogabilidade. Ao final, você recebe uma avaliação baseada em tempo, número de inimigos derrotados e combos, além de desafios específicos para cada nível. Isso promete horas a mais de jogatina, principalmente com níveis extras como os Secret Ops.
Equipamentos e Extras
Uma parte que poderia ser aprimorada é a questão dos equipamentos. Você pode usar escaravelhos dourados coletados nas fases para adquirir Talismãs que melhoram suas habilidades. Embora existam boas opções, as Secret Arts são limitadas e acabam não sendo tão impactantes, o que pode deixar os jogadores um pouco decepcionados.
Apesar disso, uma vez que você encontra um conjunto que se encaixa no seu estilo de jogo, os benefícios são notáveis. Seria interessante ver mais variedade nessa área para tornar a experiência ainda mais personalizada.
Visual e Dificuldade
O visual é espetacular, com uma pixel art impecável e animações bem trabalhadas. Os gráficos conseguem capturar a essência dos jogos antigos, com uma roupagem moderna e atraente.
Sobre a dificuldade, o jogo acerta em cheio. O nível padrão é desafiador, mas existe uma Assist mode que permite ajustar a velocidade do jogo e o dano recebido, dando um suporte extra para quem precisa. E, para os jogadores mais hardcore, alguns Talismãs podem aumentar a dificuldade ainda mais, prometendo uma experiência desafiadora.
Em resumo, Ninja Gaiden: Ragebound é uma ótima adição para a franquia. A combinação de uma narrativa envolvente, jogabilidade fluida e gráficos lindos fazem desse jogo uma experiência única.
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