Como a Microsoft quase levou LittleBigPlanet embora da Sony!

Imagine que você está desenvolvendo um projeto inovador, algo que mudará o jogo no seu campo de atuação. Você está ali, entregando seu sangue, suor e lágrimas, e de repente… Pá! Uma gigante da tecnologia aparece no horizonte, fazendo aquela cara de “quero isso para mim”.

Parece cena de novela, mas foi exatamente o que aconteceu com o jogo LittleBigPlanet, quase arrancado das mãos da Sony pela Microsoft em um lance que poderia muito bem ser descrito como um roubo de novela das nove!

O início de tudo

A história começa com a Media Molecule, uma pequena, porém ambiciosa desenvolvedora de jogos. Sob a liderança criativa de Mark Healey, a equipe desenvolveu uma proposta inicial para LittleBigPlanet que deixou a Sony não apenas interessada, mas verdadeiramente surpresa.

Com olhos brilhando, a Sony abriu rapidamente os cofres e financiou seis meses de desenvolvimento do projeto. Até aí, tudo bem, só que ninguém contava com a astúcia da Microsoft.

A tentativa de “sequestro” pela Microsoft

Segundo Healey, após a apresentação de LittleBigPlanet na GDC de 2007, um representante da Microsoft começou a rondar o projeto como quem não quer nada. E como nos melhores clichês dos filmes de espionagem, ele tentou, sutilmente (ou nem tanto), convencer a equipe a trocar de lado. “E, tecnicamente, poderíamos ter feito”, admitiu Healey. Poderiam ter dito, “Sim, foda-se, vamos com a Microsoft. Eles provavelmente vão nos dar muito dinheiro.”

Mas, veja bem, trocar a Sony pela Microsoft teria sido, nas palavras de Healey, “muito errado” e “moralmente corrupto”. Imagine a cena: após um porre com o pessoal da Microsoft, o representante do Xbox, já um pouco alterado, solta um “Ah, vocês, a propósito, pessoal, vocês sabem que ficaríamos felizes em blá, blá, aceitá-los se quiserem embarcar para nós”. Parece até que ele estava meio envergonhado ao dizer isso, como quem faz uma travessura e sabe que não devia.

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O final feliz com a Sony

Apesar das investidas da Microsoft, a equipe da Media Molecule sentiu que devia lealdade à Sony, que havia acreditado no projeto desde o princípio. E, no final das contas, Healey expressou sua satisfação em ter ficado com a Sony, destacando o forte relacionamento construído com a empresa.

Esta história, que parece tirada de um filme de suspense misturado com comédia, serve para lembrar que no mundo dos negócios, assim como na vida, às vezes o caminho mais lucrativo não é o mais ético ou gratificante. E no caso de LittleBigPlanet, a integridade da Media Molecule garantiu não apenas a continuidade de um projeto com a Sony, mas também a preservação de uma parceria que respeitava a visão original dos criadores.

O que teria sido de LittleBigPlanet com a Microsoft?

É interessante pensar o que teria acontecido com LittleBigPlanet se ele tivesse se tornado uma franquia do Xbox. Healey acredita que isso “nunca teria acontecido”, não só por questões contratuais, mas também pelo alinhamento de valores e visões entre a Media Molecule e a Sony.

No final, a saga de LittleBigPlanet é um lembrete de que, em um mundo onde tudo parece estar à venda, ainda existem aqueles que valorizam a lealdade e a integridade acima do lucro. E para você, gamer que acompanha essas intrigas de bastidores, fica a pergunta: o que você valoriza em suas escolhas de jogos e desenvolvedores?