Metaphor: ReFantazio pode ser considerado o auge da Atlus?

Para entender se Metaphor: ReFantazio representa o auge da Atlus, precisamos analisar diversos aspectos que fazem um RPG ser memorável e compará-los com o que Atlus fez anteriormente, principalmente na série Persona e Shin Megami Tensei. Sendo assim, exploremos profundamente a narrativa, jogabilidade, desenvolvimento de personagens, inovação mecânica e o impacto da experiência total para os jogadores.

1. Narrativa e construção de mundo

Metaphor: ReFantazio coloca o jogador em um mundo medieval em crise, cheio de intrigas políticas, traições e um protagonista com uma conexão pessoal com o conflito central. Para muitos jogadores, a narrativa é o coração de um RPG, e aqui a Atlus se supera ao apresentar um enredo onde o personagem principal precisa proteger o príncipe desaparecido enquanto combate o antagonista, que assassinou o rei.

Essa trama se destaca por ser um Battle Royale político, no qual os jogadores devem obter o apoio do povo para conquistar o trono. Diferente de RPGs tradicionais onde a luta é puramente física ou mágica, aqui você mistura essas batalhas com campanhas políticas, um aspecto raramente explorado em profundidade em outros jogos do gênero.

2. Combate e mecânicas de jogo

Uma das maiores inovações em Metaphor: ReFantazio é o uso dos arquétipos de heróis do passado. Como jogador, você não está apenas lutando com suas habilidades, mas evocando poderes lendários que podem transformar batalhas de maneira estratégica. Confira a gameplay:

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Isso adiciona uma camada de profundidade ao sistema de combate baseado em turnos, que os fãs de Persona já conhecem. Entretanto, Atlus dá um passo além: o combate é mais dinâmico e tático, requerendo que o jogador entenda a política e a guerra como partes complementares.

3. Desenvolvimento de personagens e interações sociais

Se você já jogou Persona, sabe que o desenvolvimento de personagens e as interações sociais são fundamentais para o sucesso de um RPG moderno. Metaphor segue a mesma fórmula de evolução de personagens com base em relacionamentos e conquistas sociais, mas vai além, incorporando essa dinâmica numa estrutura política e mais madura.

Agora, em vez de fortalecer seus laços simplesmente para progredir na história ou desbloquear habilidades, esses vínculos são críticos para o seu sucesso em reunir apoio para sua causa política. Cada personagem aliado tem um papel significativo não apenas em combate, mas na construção da narrativa política do jogo.

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4. Mundo aberto e exploração

Metaphor: ReFantazio pode ser considerado o auge da Atlus? Mergulhe em uma narrativa épica, batalhas estratégicas e política.
Imagem: Reprodução

Metaphor: ReFantazio introduz um mundo mais aberto e explorável do que Persona, algo mais comparável a grandes RPGs de exploração como The Witcher III ou Final Fantasy XV. Em vez de uma estrutura linear, os jogadores agora podem explorar livremente e encontrar desafios não só relacionados ao enredo, mas também descobertas e aventuras opcionais que enriquecem ainda mais o mundo.

A adição de um mundo aberto não é apenas para aumentar a escala do jogo, mas também para imergir o jogador em um mundo mais dinâmico e orgânico, onde suas ações políticas e sociais têm repercussões tangíveis.

5. Arte e música

Atlus sempre se destacou por sua apresentação artística única, e Metaphor: ReFantazio leva isso a um novo patamar. A direção de arte, liderada por veteranos da série Persona, é um dos pontos mais fortes do jogo. O mundo medieval tem um toque surreal e vibrante, algo que combina com o estilo visual dos trabalhos anteriores da Atlus, mas com uma grandiosidade maior.

Musicalmente, Shoji Meguro retorna para criar uma trilha sonora épica que mistura elementos clássicos com o estilo moderno que ele trouxe em Persona 5. A música aqui não é apenas um pano de fundo, ela amplifica a emoção das batalhas, dos momentos políticos, e da exploração, criando uma experiência envolvente.

Metaphor: ReFantazio no topo?

Metaphor: ReFantazio pode ser considerado o auge da Atlus? Mergulhe em uma narrativa épica, batalhas estratégicas e política.
Imagem: Reprodução

Sim, Metaphor: ReFantazio pode ser considerado o auge da Atlus. Ele combina tudo o que a desenvolvedora fez de melhor nos últimos 15-20 anos, desde a narrativa densa, o combate estratégico e o desenvolvimento de personagens, até a arte deslumbrante e a música impecável.

Se você é um gamer que aprecia mecânicas profundas, narrativas ricas e uma imersão total em um mundo bem-construído, Metaphor: ReFantazio tem tudo para ser o RPG definitivo da Atlus e possivelmente o jogo do ano.

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