Mafia: The Old Country – Vale a pena?

Mafia: The Old Country não tenta reinventar a roda, mas entrega uma experiência envolvente para quem aprecia histórias de crime e honra. Ambientado na Sicília, o jogo aposta em uma estrutura enxuta: nada de mundo aberto gigantesco, missões intermináveis ou atividades secundárias repetitivas.

Em vez disso, oferece cenários belíssimos e detalhados que servem como palco para a trama — como se fossem o maior e mais bem cuidado estúdio de Hollywood já construído.

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Mecânicas simples, mas funcionais

O gameplay é direto: combates com armas de fogo, duelos de faca e furtividade pontual. Não há lutas corpo a corpo, mas as batalhas são cinematográficas e se encaixam bem no ritmo da história.

Dirigir os veículos antigos é um prazer à parte, especialmente no modo de condução mais “simulação”, que entrega peso e realismo aos carros da época.

A força da narrativa

Imagem: 2K Games

O ponto alto é a trama de Enzo Favara, um jovem retirado de uma vida miserável para os braços de uma família mafiosa poderosa.

O enredo começa com clichês do gênero, mas evolui para explorar temas como lealdade, prisão psicológica e o custo de uma vida de luxo e violência. As atuações, expressões faciais e diálogos dão peso às cenas, com destaque para o trabalho de voz inspirado em figuras clássicas do cinema de máfia.

Um jogo que sabe quando parar

Imagem: 2K Games

Com menos de 15 horas de duração, o jogo não tenta monopolizar seu tempo.

Essa brevidade ajuda a manter o ritmo, evitando o inchaço narrativo e mecânico de alguns títulos anteriores da franquia, como Mafia III. Aqui, cada missão tem propósito, e não há espaço para “encheção de linguiça”.

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Vale a pena?

Se você busca um jogo com mundo aberto vasto e mecânicas inovadoras, talvez se frustre.

Mas se o que procura é uma narrativa sólida, ambientação impecável e uma dose concentrada de drama mafioso, Mafia: The Old Country entrega exatamente isso — nada mais, nada menos.

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