Life is Strange: Double Exposure – O retorno de Max foi um ERRO?

Max Caulfield, uma das personagens mais amadas da franquia Life is Strange, retorna em Double Exposure, mas nem todos os fãs estão satisfeitos com sua volta. Inicialmente, a ideia de trazê-la de volta parecia um desperdício, já que sua história já estava completa, e a tentativa de reviver sua jornada parece mais um apelo à nostalgia.

No entanto, conforme o jogo avançava, a decepção tomou forma, e muitas das falhas narrativas se tornaram ainda mais evidentes.

A falta de consistência na evolução de Max

Imagem: Square Enix

Max continua com sua personalidade característica, com o mesmo toque de insegurança e charme que conquistou os fãs no primeiro jogo. No entanto, ao longo da história de Double Exposure, ela se torna mais um peso na narrativa do que o motor que a impulsiona.

A trama se perde ao depender demais das antigas habilidades de Max, que retornam de maneira forçada, especialmente considerando que ela havia jurado nunca mais usar seus poderes. A reincorporação do controle sobre o tempo se sente como um truque barato, enfraquecendo a trama ao invés de fortalecê-la.

A desapontante introdução de novos poderes

Outro ponto negativo é a introdução dos poderes de outros personagens, especialmente o poder de transformação de Safi, que chega tarde na história e é mal explicado. Esse novo poder poderia ter dado uma reviravolta interessante à narrativa, mas foi tratado de maneira superficial, sem o desenvolvimento necessário para justificar suas implicações. O uso do poder de Max para resolver a trama acaba por tirar o brilho de Safi e das complexas questões que seu poder representa.

A frustração de voltar ao passado

Imagem: Square Enix

Por mais que os fãs se sintam nostálgicos ao controlar Max em diálogos e interações, a volta ao passado, explorando momentos trágicos como a morte de Chloe e o horror do porão de Jefferson, acaba se tornando algo vazio. Double Exposure falha em dar uma conclusão digna à personagem, e ao invés de avançar com novas histórias e personagens, recai nos velhos clichês da franquia.

A tentativa de explorar o passado de Max parece mais uma forma de forçar o retorno da personagem, ao invés de oferecer algo novo e significativo.

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O potencial desperdiçado

O maior erro de Double Exposure foi não permitir que o poder de Safi, com suas promessas de novas narrativas e possibilidades, tomasse o centro da trama. Em vez disso, a história se tornou uma desculpa para a volta de Max, algo que não foi bem aproveitado. A narrativa fica dependente de soluções fáceis e reviravoltas sem sentido, o que destrói o que poderia ser uma evolução emocionante da série.

Em vez de trazer Max de volta como uma maneira de adicionar mais significado à história, Life is Strange: Double Exposure acaba se tornando uma sombra do que a franquia já foi.

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