Funcionários da ZeniMax falam sobre empresa após demissões

Moral em baixa, confusão e incertezas. Esses sentimentos descrevem bem a situação atual da ZeniMax, especialmente após as demissões recentes feitas pelo Xbox. Funcionários da empresa têm falado sobre suas preocupações. A expectativa é que a qualidade dos jogos não consiga ser mantida, o que é um grande desafio tanto para os investidores quanto para os fãs.

Autumun Mitchell, que atua no departamento de testes, trouxe uma imagem forte ao afirmar que voltar ao trabalho é como visitar “um cemitério”. Ela acredita que os cortes não vão ajudar na produtividade, já que afetaram desenvolvedores essenciais. O resultado? Um clima pesado e um sentimento de que muito dos conhecimentos adquiridos ao longo de anos se perderam.

Agora, os que permaneceram vão precisar se desdobrar em várias funções, aprendendo novas habilidades sem preparação adequada. O impacto das demissões foi profundo. Muitos nomes importantes saíram, e a gerência do Xbox parece não ter realmente noção do que isso representa.

“Não é ok. Não foi normal. Não adianta tentarem disfarçar isso. A forma como estão lidando com as demissões é desumana”, desabafou Mitchell. Essa crítica reflete a insatisfação com o modo como a situação foi gerida.

Cortes na ZeniMax foram feitos de maneira inesperada e brutal

Os relatos dos funcionários mostram que as demissões foram realizadas de uma forma desrespeitosa. A Microsoft, por exemplo, simplesmente cortou os acessos aos e-mails e canais de comunicação, deixando muitos sem informações sobre seu futuro por horas.

Esse clima também afeta quem ficou na ZeniMax. Com a possibilidade de novos cortes no horizonte, a incerteza é palpável. Embora parte do estúdio esteja sindicalizada — o que ajudou a evitar demissões em massa — a tristeza por aqueles que partiram ainda pesa bastante. Os empregados criticam a liderança da Xbox, que parece distante e desatenta às realidades diárias dos estúdios.

“Um cemitério”: funcionários da ZeniMax descrevem empresa após demissões do Xbox

As mensagens que celebram o sucesso da marca e ao mesmo tempo falam da necessidade de demissões soam vazias. Isso não ajuda a lidar com a situação dramática que muitos estão enfrentando.

Funcionários ainda acreditam no estúdio

Mitchell destaca que essa é uma fase muito difícil e pede que o impacto emocional das demissões seja reconhecido. Ela ressalta que pode não haver uma maneira “certa” de demitir alguém, mas considera que a abordagem da Microsoft é particularmente desconcertante.

A boa notícia é que, por conta dos esforços de sindicalização, menos pessoas perderam seus empregos do que poderiam. Grupos como o ZeniMax Words United-CWA e ZOS United-CWA estão oferecendo suporte emocional aos que permanentemente permanecem na empresa.

Apesar do cenário complicado, muitos ainda acreditam na capacidade de fazer bem seu trabalho e em um futuro melhor na Microsoft. “Se as pessoas estão aqui, não é apenas pelo medo de perder o emprego. É porque, em algum momento, elas acreditaram na cultura e nos valores que existiam aqui.”

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