Final Fantasy VII Rebirth – As principais mudanças em comparação ao original

Final Fantasy VII Rebirth traz uma série de mudanças notáveis em comparação ao jogo original, renovando a experiência para os fãs e introduzindo novos elementos à história já conhecida. Desde a adição do multiverso, que expande a trama para além de uma única linha temporal, até as modificações nas histórias individuais dos personagens, cada alteração contribui para uma narrativa mais rica e complexa.

Nem preciso alertar que teremos spoilers, né? Prossiga por sua própria conta e risco.

Destino de Zack e Aerith

Imagem: Square Enix

Zack Fair, agora sobrevivente em uma realidade alternativa, e Aerith, cuja morte é abordada de forma mais mais, digamos que, diferente. Um dos maiores mistérios em volto do Rebirth era o que aconteceria com Zack e Aerith, vendo que o primeiro jogo deu a entender que mudanças iriam acontecer na história. No final, foi revelado que Zack foi enviado para uma espécie de mundo paralelo que estava prestes a morrer. Já Aerith chega a ser salva por Cloud quando estava prestes a ser morta por Sephiroth (semelhante ao jogo original). Mas aparentemente, algo acontece que, de fato, Aerith acaba morrendo pelas mãos do vilão, como era de se esperar. A forma como conduziram essa cena foi controversa para os fãs mais antigos, mas não deixou de ser intrigante.

A trajetória de Yuffie

Imagem: Square Enix

Uma das maiores adições no Rebirth foi a subtrama envolvendo a Yuffie. No jogo original, Yuffie era uma personagem opcional, o que significa que era possível até mesmo deixar de recrutá-la pro grupo. Como ela era opcional, não há nenhuma relevância pra ela dentro da história principal. Ela só ganha destaque em uma sidequest envolvendo Wutai perto do final do jogo. E mesmo essa sidequest só acontece se ela estiver na sua party. No Rebirth, a narrativa de Yuffie continua do ponto que a DLC Intermission de Final Fantasy VII Remake terminou. Ela ainda demora um pouco pra entrar na party e, depois que entra, ela tem muitas interações com o grupo. Ela também está estritamente ligada com uma subtrama envolvendo Wutai e um iminente conflito contra a Shinra.

Glenn Lodbrock e Wutai

Imagem: Square Enix

Outra grande novidade é exatamente a presença de Glenn Lodbrock na trama. Pra quem não conhece, Glenn é o protagonista do arco de The First Soldier apresentado no game Final Fantasy VII: Ever Crisis, disponível para mobile e para a Steam. No Rebirth, Glenn é um dos principais representantes de Wutai e é basicamente a mente por trás de um conflito entre Wutai e a Shinra que deve ser um dos principais pontos a serem abordados no terceiro jogo. Também há um mistério envolvendo suas misteriosas habilidades e uma clara ligação com Sephiroth, fora o mistério por trás da identidade do atual líder de Wutai. A Yuffie também deve ter destaque no futuro desenrolar dessa trama, por conta de ela estar afiliada ao Glenn e sua facção de Wutai.

Cissnei

Imagem: Square Enix

Além do Glenn, outra personagem originada dos títulos adjacentes de Final Fantasy VII é Cissnei, que volta a aparecer aqui, na região de Gongaga. Sua participação não é tão relevante pra trama, mas é um ótimo fanservice para quem jogou principalmente o Crisis Core. E mesmo para quem já conhece a personagem, seus verdadeiros objetivos em Gongaga não são 100% certos. Ela dá a entender que só quer relaxar ali, mas ao mesmo tempo ela ainda visita instalações dos Turks na região, dando a entender que ela ainda está afiliada à Shinra, talvez em alguma missão secreta.

Cid e Vincent

Imagem: Square Enix

Os dois personagens que se juntam aos heróis, mas não são jogáveis. Essa é a primeira diferença, uma vez que Cid e Vincent são jogáveis no game original. Dos dois, talvez o Cid seja o personagem que mais ganhou diferenças. Seu papel no Rebirth é basicamente ser o piloto da galera. O responsável pelo fast travel e, posteriormente, o piloto do Tiny Bronco quando ele é convertido em um barco. Ele nem mesmo é visto em ação, e nem uma vez aparece segurando a sua tradicional lança. Fora isso, sua personalidade também está ligeiramente diferente, estando menos boca suja e resmungão, e mais simpático. Fora que ele não fuma aqui, diferente do original.

Imagem: Square Enix

Já o Vincent, assim como a Yuffie, era um personagem opcional no original. Isso significa que, tirando a parte em que recrutamos ele, o Vincent não ganha mais nenhum destaque em termos de história. Fora, claro, uma sidequest perto do final do jogo. Aqui ele já ganha um pouco mais de espaço. Enquanto seu passado ainda é um mistério para os heróis, ele afirma que tem um histórico envolvendo Sephiroth e isso é o que o motiva a se juntar ao grupo. Diferente do Cid, Vincent ainda é visto em ação em algumas ocasiões, mesmo que ele não lute ao lado dos heróis. Tem até mesmo uma boss fight contra ele. E sua personalidade permanece intacta em comparação ao original.

Cortes e expansões

Imagem: Square Enix

A grande maioria da história principal permanece a mesma. Porém, teve um trecho que foi cortado e que chama a atenção, enquanto outro foi expandido. O trecho cortado foi o de Rocket Town, que no jogo original é aonde o Cid aparece pela primeira vez e acaba se juntando ao time, e nós ganhamos acesso ao Tiny Bronco. Essa parte não existe no Rebirth. Ao invés disso, Cid é introduzido antes mesmo dos heróis irem para Cosmo Canyon, e como dito anteriormente, não se junta ao time, apesar de se tornar um bom aliado.

Já o trecho expandido é o arco de Gongaga. Antes apenas uma área onde os heróis passam rapidamente no original, no Rebirth temos todo um arco envolvendo o abandonado Reator Mako, o surgimento de uma Weapon e até mesmo um trecho onde a Tifa cai no Lifestream e presencia as Weapons e os Murmúrios Brancos enfrentando Sephiroth e os Murmúrios Escuros.

Rocket Town não foi o único trecho cortado. A parte onde os heróis passam pela Bone Village, pouco antes de irem para a Capital Esquecida, também não foi incluída no Rebirth. Apesar disso, nada impede que esses arcos sejam adaptados no terceiro jogo.

Os Gi

Imagem: Square Enix

Outros personagens novos que trazem uma boa camada para a jornada dos heróis são os Gi. Antes apenas mencionados no jogo original, os Gi ganham um papel mais importante no Rebirth. Eles simplesmente revelam querer a Matéria Negra pra acabar com as próprias vidas, e querem que os heróis consigam ela pra eles. O problema é que, ao fazerem isso, os Gi podem condenar todo o planeta junto com eles. Então, enquanto os heróis prometem ajudar, na verdade eles querem encontrar uma forma de fazer isso sem lhes entregar a Matéria Negra. O resultado desse dilema, veremos na continuação.

Roche e a degradação dos Soldiers

Imagem: Square Enix

Uma nova subtrama bem interessante introduzida aqui é a degradação dos Soldiers. Meio que pegando emprestado dos eventos de Crisis Core, aqui fica estabelecido que os Soldiers, depois de um tempo, começam a degradar, se tornando iguais às pessoas encapuzadas que estão andando na direção de Sephiroth. Quem ganha destaque aqui é Roche, o Soldier 3ª Classe que enfrentamos no Remake e que volta aqui como um rival recorrente de Cloud. E o seu destino final envolvendo essa degradação não é agradável.

Gilgamesh

Imagem: Square Enix

Curiosamente, apesar de Final Fantasy VII ser um dos Final Fantasy mais populares, o seu jogo original não possui um elemento bem recorrente da franquia como um todo: a presença de Gilgamesh. O colecionador de armas que viaja entre os mundos de Final Fantasy em busca de relíquias e armas poderosas. No Rebirth, isso é corrigido, trazendo uma sidequest que dura praticamente o jogo inteiro, envolvendo os heróis indo atrás de proto relíquias em todas as regiões do mapa, o que vai introduzindo aos poucos o Gilgamesh na trama. Foi uma forma muito interessante de introduzi-lo a esse mundo.

Leia mais:

Multiverso?

Imagem: Square Enix

A maior reviravolta em Rebirth é a confirmação de múltiplas linhas temporais, impactando diretamente o enredo e os destinos dos personagens. Essa expansão traz novas possibilidades narrativas e um plano mais ambicioso por parte de Sephiroth, que visa dominar todas as realidades, não apenas uma. Apesar de só ser foco no finalzinho do game, esse subplot envolvendo realidades paralelas vai sendo alimentado de forma misteriosa através do arco de Zack, que permanece confuso para todos até a revelação no final da trama. Esse jogo também dá a entender que essa trilogia do Remake realmente é uma continuidade diferente e talvez até mesmo um tipo de sequência do jogo original, ao invés de algo feito simplesmente para substituí-lo. Resta saber até onde isso vai afetar a trama do terceiro jogo.

Comentários estão fechados.