FBC Firebeak – Vale a pena?

Você se lembra daquele quarto cheio de Post-its em Control? Agora ele é uma missão inteira. A épica fornalha de calor radiante? Também virou cenário de tarefa. Em FBC: Firebreak, novo spin-off da Remedy, o que antes eram piadas visuais ou detalhes de ambientação se transformaram em objetivos caóticos, colaborativos e muitas vezes absurdos — e surpreendentemente, isso funciona.
O jogo transforma o jogador em um zelador do Federal Bureau of Control, encarregado de missões como apagar incêndios, limpar gosmas tóxicas e consertar maquinários. Mas com uma pequena diferença: tudo isso acontece em meio a hordas de inimigos sobrenaturais.
Jogabilidade cooperativa onde cada função importa
Aqui, você entra com mais dois jogadores em fases proceduralmente configuradas, onde o desafio não está só nos inimigos, mas também na própria rotina. Sim, tem que carregar objetos, ativar geradores e manter a estrutura funcional — e isso é mais divertido do que parece.
Cada jogador escolhe um dos três kits principais:
- Regador: solta jatos d’água, apaga incêndios e molha inimigos para combos
- Eletricista: dispara cargas elétricas que energizam máquinas e eletrocutam Hiss molhados
- Chave inglesa: conserta maquinário e serve para combate corpo a corpo
Essas funções geram interações em cadeia. Molhe um inimigo e seu parceiro aplica eletricidade? Dano massivo. Combine isso com o uso de ziplines, objetos do mapa e até chuveiros de descontaminação, e você tem um sistema que recompensa a criatividade em meio ao caos.
Entre a correria e a calmaria, Firebreak precisa achar o ritmo certo

Nem tudo são flores — Firebreak brilha quando as partidas são curtas, intensas e caóticas. Mas quando o ritmo desacelera, o jogo pode cair na monotonia, transformando uma missão em algo que parece um turno entediante em um hospital calmo.
Felizmente, o sistema de configurações permite escolher entre níveis mais longos e difíceis ou sessões rápidas e diretas. E aí entram as “corruptions”, modificadores aleatórios como um semáforo assombrado que desacelera jogadores ou uma chave inglesa voadora que destrói suas máquinas. É imprevisível e hilário — do jeito que Firebreak gosta de ser.
Uma comunidade cooperativa que surpreende pela gentileza

Mesmo com toda a insanidade, um dos destaques do jogo é a sua comunidade generosa.
Como muitas missões envolvem tarefas ingratas, é comum ver jogadores se ajudando, indicando caminhos com pings, esperando companheiros na saída ou salvando uns aos outros de situações desastrosas. Isso cria uma sensação de camaradagem rara em jogos online.
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Firebreak é a bagunça controlada que você não sabia que precisava
No fim das contas, FBC: Firebreak parece uma grande carta de amor ao universo de Control — só que com foco na cooperação, no improviso e no ridículo. Ele mistura tiroteio tático com tarefas operacionais, cria sinergias malucas com sistemas elementares, e ainda entrega missões que mais parecem fanfics jogáveis do que conteúdo canônico. E isso é ótimo.
Para quem curte jogos em equipe e busca algo diferente, estranho e surpreendentemente viciante, Firebreak é uma escolha certeira — especialmente no Game Pass.
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