Elden Ring Nightreign – Vale a pena?

Nightreign não tem tempo a perder. A primeira verdadeira batalha é contra o Tricephalos Nightlord, um cerberus flamejante que se divide em três cães menores enquanto te persegue com uma corrente incandescente. Ele é o portão de entrada para quem quer continuar na jornada. E, honestamente, seria estranho se fosse fácil — estamos falando da FromSoftware, afinal de contas.
Mas aqui tem uma grande diferença: você não está sozinho. Nightreign é feito para ser jogado em grupo, com até três jogadores enfrentando os terrores juntos. A cooperação não é opcional — é fundamental.
Uma experiência Soulslike com um toque de roguelike
Em cada partida, você e sua equipe têm dois dias in-game para explorar, upar seus personagens e coletar recursos. No terceiro dia, encaram um dos oito temidos Nightlords. Perdeu? Começa tudo de novo.
A graça está nos elementos aleatórios: chefes, eventos, itens e até mudanças no ambiente. Uma tempestade azul vai se aproximando ao longo do mapa, empurrando o time para o confronto. Soa familiar? É porque sim: lembra Fortnite, mas com espadas, feitiços e monstros grotescos.
Personagens únicos e combates intensos

São oito personagens jogáveis, chamados de Nightfarers, cada um inspirado em classes de Elden Ring. Tem o cavaleiro Wylder com seu gancho explosivo, o mago Recluse, o arqueiro Ironeye… e por aí vai. Cada um tem habilidades específicas e um ataque supremo que pode virar o rumo de uma luta.
A sacada aqui é que essas habilidades podem ser combinadas em equipe — é onde a mágica acontece. A Duchess, por exemplo, pode repetir o dano causado por um colega com seu poder de “rebobinar” o tempo. Já imaginou acertar dois ultimates devastadores seguidos no chefão?
Multiplayer que vale pela jornada

Apesar de ter modo solo (para os corajosos ou masoquistas), Nightreign brilha mesmo quando jogado com amigos. Estratégias em tempo real, coordenação em batalhas, e aquele caos controlado que só o voice chat proporciona. As batalhas contra os Nightlords parecem raids de MMORPG, cheias de mecânicas surpreendentes.
Por outro lado, o matchmaking ainda precisa de ajustes. Durante os testes, houve lags e dificuldades para conectar com amigos. E o pior: não há crossplay. Se cada um joga em uma plataforma, esquece a aventura conjunta — pelo menos por enquanto.
Nem tudo é sofrimento: há progresso real

Cada tentativa oferece recompensas, como Relíquias que concedem bônus passivos e podem ser equipadas em até três slots. Também há uma moeda permanente para desbloquear novas relíquias ou visuais dos Nightfarers. Além disso, personagens têm missões chamadas Remembrances, que aprofundam a lore e oferecem recompensas únicas.
Esses elementos fazem com que mesmo runs falhas ainda tragam algum avanço. Isso é importante, porque o jogo exige dedicação — mas recompensa com crescimento real e constante.
Uma carta de amor aos fãs da série Souls
Nightreign é um presente para os mais de 30 milhões de jogadores que já enfrentaram os terrores de Elden Ring e Dark Souls. Ele reutiliza inimigos e ambientes conhecidos, mas entrega oito novos Nightlords que estão entre os chefes mais desafiadores e visualmente impactantes que a From já criou.
No entanto, esse pacote completo tem um preço: a curva de aprendizado é íngreme. Novatos podem se sentir perdidos, principalmente com a velocidade das partidas e a profundidade estratégica envolvida.
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Vale a pena?
Se você gosta do universo Souls e quer viver algo diferente, cooperativo e intenso, Nightreign vai te prender. Ele entrega partidas rápidas, memoráveis e com emoção do começo ao fim. É como correr contra o tempo enquanto desbrava um mapa cheio de perigos e segredos — com seus amigos ao lado e a certeza de que vai sofrer, mas também sorrir.
No fim das contas, sofrer junto é mais divertido. Nightreign prova que até a dor pode ser compartilhada — e comemorada — quando se tem aliados ao seu lado.
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