Elden Ring Nightreign – Vale a pena?

Nightreign não tem tempo a perder. A primeira verdadeira batalha é contra o Tricephalos Nightlord, um cerberus flamejante que se divide em três cães menores enquanto te persegue com uma corrente incandescente. Ele é o portão de entrada para quem quer continuar na jornada. E, honestamente, seria estranho se fosse fácil — estamos falando da FromSoftware, afinal de contas.

Mas aqui tem uma grande diferença: você não está sozinho. Nightreign é feito para ser jogado em grupo, com até três jogadores enfrentando os terrores juntos. A cooperação não é opcional — é fundamental.

YouTube player

Uma experiência Soulslike com um toque de roguelike

Em cada partida, você e sua equipe têm dois dias in-game para explorar, upar seus personagens e coletar recursos. No terceiro dia, encaram um dos oito temidos Nightlords. Perdeu? Começa tudo de novo.

A graça está nos elementos aleatórios: chefes, eventos, itens e até mudanças no ambiente. Uma tempestade azul vai se aproximando ao longo do mapa, empurrando o time para o confronto. Soa familiar? É porque sim: lembra Fortnite, mas com espadas, feitiços e monstros grotescos.

Personagens únicos e combates intensos

Imagem: FromSoftware

São oito personagens jogáveis, chamados de Nightfarers, cada um inspirado em classes de Elden Ring. Tem o cavaleiro Wylder com seu gancho explosivo, o mago Recluse, o arqueiro Ironeye… e por aí vai. Cada um tem habilidades específicas e um ataque supremo que pode virar o rumo de uma luta.

A sacada aqui é que essas habilidades podem ser combinadas em equipe — é onde a mágica acontece. A Duchess, por exemplo, pode repetir o dano causado por um colega com seu poder de “rebobinar” o tempo. Já imaginou acertar dois ultimates devastadores seguidos no chefão?

Multiplayer que vale pela jornada

Imagem: FromSoftware

Apesar de ter modo solo (para os corajosos ou masoquistas), Nightreign brilha mesmo quando jogado com amigos. Estratégias em tempo real, coordenação em batalhas, e aquele caos controlado que só o voice chat proporciona. As batalhas contra os Nightlords parecem raids de MMORPG, cheias de mecânicas surpreendentes.

Por outro lado, o matchmaking ainda precisa de ajustes. Durante os testes, houve lags e dificuldades para conectar com amigos. E o pior: não há crossplay. Se cada um joga em uma plataforma, esquece a aventura conjunta — pelo menos por enquanto.

Nem tudo é sofrimento: há progresso real

Imagem: FromSoftware

Cada tentativa oferece recompensas, como Relíquias que concedem bônus passivos e podem ser equipadas em até três slots. Também há uma moeda permanente para desbloquear novas relíquias ou visuais dos Nightfarers. Além disso, personagens têm missões chamadas Remembrances, que aprofundam a lore e oferecem recompensas únicas.

Esses elementos fazem com que mesmo runs falhas ainda tragam algum avanço. Isso é importante, porque o jogo exige dedicação — mas recompensa com crescimento real e constante.

Uma carta de amor aos fãs da série Souls

Nightreign é um presente para os mais de 30 milhões de jogadores que já enfrentaram os terrores de Elden Ring e Dark Souls. Ele reutiliza inimigos e ambientes conhecidos, mas entrega oito novos Nightlords que estão entre os chefes mais desafiadores e visualmente impactantes que a From já criou.

No entanto, esse pacote completo tem um preço: a curva de aprendizado é íngreme. Novatos podem se sentir perdidos, principalmente com a velocidade das partidas e a profundidade estratégica envolvida.

Leia mais:

Vale a pena?

Se você gosta do universo Souls e quer viver algo diferente, cooperativo e intenso, Nightreign vai te prender. Ele entrega partidas rápidas, memoráveis e com emoção do começo ao fim. É como correr contra o tempo enquanto desbrava um mapa cheio de perigos e segredos — com seus amigos ao lado e a certeza de que vai sofrer, mas também sorrir.

No fim das contas, sofrer junto é mais divertido. Nightreign prova que até a dor pode ser compartilhada — e comemorada — quando se tem aliados ao seu lado.

Comentários estão fechados.