E.T. e Atari: a história de como um jogo quase destruiu tudo
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Ah, os anos 80! Uma época de música incrível, moda questionável e… um dos maiores desastres na história dos videogames. Estou falando de “E.T. the Extra-Terrestrial”, o jogo que prometia ser um sucesso estrondoso para o Atari 2600, mas acabou sendo um fiasco que quase arruinou a indústria de games. Entenda mais sobre essa história cheia de altos e (muitos) baixos
E.T: a corrida contra o tempo
Imagine isso: a Atari, querendo surfar na onda do sucesso do filme “E.T.”, desembolsa milhões para garantir os direitos de desenvolver o jogo. O problema? Eles queriam que o jogo estivesse nas prateleiras a tempo para o frenesi das compras de Natal. Resultado? Howard Scott Warshaw, o pobre desenvolvedor escolhido, teve apenas cinco semanas para criar o jogo.
O que eles conseguiram com essa pressa toda foi um jogo que deixaria qualquer gamer coçando a cabeça. Jogabilidade confusa, bugs aos montes e uma mecânica que mais irritava do que divertia. E.T. passava mais tempo caindo em buracos do que fazendo qualquer outra coisa que fizesse sentido. E levantar daqueles buracos? Uma verdadeira missão impossível.
A repercussão do fracasso
Inicialmente, as vendas até que decolaram (afinal, quem não queria um jogo do E.T.?), mas logo a realidade bateu à porta. Os jogadores rapidamente perceberam que haviam sido enganados por um jogo mal acabado e frustrante. O resultado? Milhões de cópias encalhadas, um prejuízo astronômico e montanhas de cartuchos enterrados no deserto do Novo México, em uma tentativa da Atari de enterrar literalmente seus erros.
Não foi só o jogo do E.T. que sofreu com isso. O fracasso desse jogo teve um efeito dominó, contribuindo para a famosa crise dos videogames de 1983. A Atari, uma gigante da época, viu sua fortuna despencar, e todo o mercado de games sentiu o impacto.
A lição que ficou
Mas como toda boa história, há sempre algo a aprender. A catástrofe de E.T. mostrou para a indústria que qualidade não é algo que se deve sacrificar pela urgência. Foi um alerta de que jogos precisam ser desenvolvidos com cuidado, testados rigorosamente e lançados com respeito ao consumidor. Graças a esse episódio, empresas como a Nintendo começaram a impor controles de qualidade muito mais rígidos, garantindo que a história de E.T. não se repetisse.
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Então, da próxima vez que você se deparar com um jogo incrivelmente bem-feito, lembre-se que talvez ele devesse um pouco do seu sucesso a esse grande fracasso do passado. Afinal, às vezes é necessário um grande tropeço para colocar as coisas no caminho certo.
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