Dying Light: a melhor fase da série pode ser a atual

Dying Light: The Beast é uma nova adição que promete aprimorar a experiência da série, e isso é uma ótima notícia. Recentemente, fizemos uma visita à Polônia para experimentar o que a Techland trouxe nesse lançamento. Passamos quatro horas explorando o novo cenário, Castor Woods, e testando o curioso modo chamado Beast Mode. E, para ser sincero, saímos de lá bem animados e querendo mais.
A história se passa aproximadamente uma década após o primeiro jogo e traz de volta Kyle Crane, que, após ser torturado por um vilão chamado Barão, agora possui poderes monstruosos e busca se vingar. Apesar de Dying Light: The Beast não ser um jogo completamente separado como Dying Light 2: Stay Human, inicialmente era uma expansão da sequência. Com uma promessa de mais de 18 horas de conteúdo, a experiência não deixou a impressão de ser apenas um DLC.
Entramos no jogo logo após o prólogo, liberando-nos no cenário vibrante de Castor Woods. Este local é uma verdadeira obra-prima para os gamers, com áreas que vão de pântanos a cidades densas, passando por florestas exuberantes e até mesmo um local chamado Asilo Mental, que acrescenta um toque de tensão ao ambiente.
Tínhamos algumas áreas limitadas, mas nos divertimos explorando cada canto. O jogo está recheado de pequenos desafios, como apartamentos e lojas que oferecem loot mais valioso, além de hordas de zumbis para enfrentar. A ambientação de Villedor em Dying Light 2 era incrível, mas Castor Woods tem um espírito mais divertido.
O parkour, marca registrada da série, está de volta. A Techland criou o que chama de “Parkour Paradise” em zonas densas, com mecânicas clássicas como barras para saltar entre prédios e lixeiras para amortecer quedas. Embora tenha funcionado bem na maioria das vezes, algumas sequências de escalada pareceram confusas, fazendo com que repetíssemos movimentos por não termos percebido um caminho claro.
As áreas abertas do mapa mudam completamente a forma como você joga. Jogando no nível de dificuldade mais elevado, cada zumbi se torna uma ameaça a ser tratada com cuidado. Utilizar o ambiente a seu favor, explodindo barris e aproveitando a famosa “queda de peito” se tornou essencial, principalmente durante as intensas noites do jogo.
O ciclo dia-noite está de volta, com as noites trazendo um clima tenso, especialmente ao se deparar com os alfas Volatiles. O som arrepiante que aparece quando visualizamos um deles certamente vai deixar você na ponta da cadeira. Mas a diversão não acaba aí; com o novo e divertidamente nomeado Beast Mode, o Kyle acumula fúria durante os combates, ganhando força sobre-humana e ataques devastadores.
Você ganha pontos de “Bestialidade” derrotando chefes conhecidos como Chimeras, que são variados e divertidos. O sistema de habilidades permite desbloquear poderes como uma corrida rápida e ataques de alto impacto — e até mesmo ativar o Beast Mode por tempo limitado.
A narrativa é direta, e isso combina bem com o tom do jogo, que não se leva menos a sério e isso gera momentos bem interessantes. As cutscenes agora são apresentadas com uma nova estética cinematográfica, o que trouxe um frescor muito bem-vindo à experiência. Ver Kyle em ação se tornou algo mais dinâmico e visualmente cativante.
Visualmente, o jogo é deslumbrante. Embora precisemos aguardar para ver como ele se sairá no PS5, já podemos perceber o potencial. Uma das minhas partes favoritas foi pular entre os telhados, tentando alcançar o destino antes que o sol se fosse, com uma vista impressionante da cidade iluminada e o vento balançando a folhagem.
Depois de Dying Light 2, que teve um ritmo mais lento, estamos empolgados com esse título mais focado. The Beast parece ser uma linda homenagem ao primeiro jogo, trazendo também elementos que muitos adoraram no DLC The Following. Com um cenário incrível e visuais impressionantes, esse jogo caminha bem entre a liberdade do mundo aberto e a linearidade de suas missões.
Não estamos falando de uma revolução, mas Dying Light: The Beast promete ser uma experiência intensa e divertida — quem sabe a melhor da série até agora.
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