Diretor de Clair Obscur: JRPGs por turnos ainda são ‘menos legais’

O sucesso de Clair Obscur: Expedition 33 está gerando um monte de conversas sobre os RPGs por turnos. Muita gente está achando que os desenvolvedores japoneses poderiam tirar algumas lições da estreia da Sandfall Interactive.
Guillaume Broche, o diretor de Clair Obscur, já deixou claro o quanto admira os JRPGs. O jogo, aliás, nasceu desse amor e não seria o que é sem a inspiração dos clássicos do gênero.
No entanto, ele também acredita que existe um certo preconceito em relação aos RPGs por turnos. Em uma entrevista, ele sorriu ao comentar: "Eu poderia falar sobre o preconceito [contra os JRPGs] para sempre." Isso porque, para ele, os RPGs japoneses eram super populares até a era do Xbox 360. Naquela época, com o crescimento dos jogos de mundo aberto, os JRPGs começaram a ser vistos como “descolados”.
Lembramos bem de como as revistas de PlayStation dos anos 2000 tratavam RPGs japoneses que não eram Final Fantasy. Naquela época, eram muitas vezes reduzidos a "animação ridícula".
Broche ainda comenta que, embora jogos como a série Persona ainda vendam bem, o preconceito contra os RPGs por turnos não desapareceu. Para ele, o time nunca teve a intenção de tirar essa imagem de "descolado" ao incorporar elementos de ação no combate do jogo. "Não foi por causa do preconceito que inserimos o sistema de parry ou construímos uma experiência narrativa assim. Fizemos isso simplesmente porque queríamos."
Para ser justo, hoje os JRPGs e, em especial, os RPGs no estilo anime, parecem ter superado bastante esse estigma com o passar dos anos. Esse tipo de experiência pode não ser exatamente mainstream, mas é muito mais bem aceito do que há uma ou duas décadas.
E você, o que acha da visão de Broche? O que pensa sobre os JRPGs modernos e os RPGs por turnos? Compartilhe suas ideias com a gente!
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