O que era para ser um dos pilares do catálogo da PlayStation Studios virou um dos maiores desastres recentes da indústria: Concord, o hero shooter da Firewalk Studios, foi retirado das lojas, teve servidores encerrados e agora voltou a ganhar os holofotes após o vazamento de uma versão de desenvolvimento (build pré-lançamento).
Esse capítulo final — ou quase — apenas reforça a dificuldade que grandes estúdios estão enfrentando para emplacar jogos como serviço, tentando capturar o sucesso de títulos como Fortnite ou Apex Legends sem compreender de fato o que sustenta esse modelo a longo prazo.
Segundo o portal VGC, a build vazada — intitulada FWChaos — é datada de 14 de novembro de 2023, cerca de nove meses antes do lançamento oficial. Apesar de permitir o acesso ao menu principal, não há conteúdo jogável. É possível explorar menus como o “Galactic Guide”, visualizar planetas e personagens jogáveis, mas elementos como a loja e o “Job Board” estão incompletos ou com textos genéricos.
Curiosamente, há opções no menu de desenvolvedor para matchmaking e outras funções internas. Ainda assim, com o jogo oficialmente morto e uma comunidade mínima (com pico de apenas 697 jogadores), é improvável que essa build leve a uma “revitalização” do projeto.
O fim da Firewalk Studios e o enterro da promessa de um “Overwatch killer”
O fiasco foi tão grande que, mesmo após prometer uma reformulação e relançamento futuro, a Sony decidiu fechar a Firewalk Studios. Assim, qualquer esperança de recuperação para Concord foi encerrada. A promessa de um “Overwatch killer” se transformou em um título abandonado, com servidores desligados e sem qualquer chance de retorno.
Com um orçamento estimado em mais de US$ 200 milhões, Concord se tornou um símbolo de como nem todo investimento se traduz em sucesso — especialmente no volátil mercado de jogos como serviço.
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O colapso de um modelo em crise
O fracasso de Concord se soma a outros exemplos recentes como Babylon’s Fall e Marvel’s Avengers. A realidade é clara: o público não aceita mais jogos inacabados ou sem propósito, mesmo quando vêm de grandes estúdios.
A lição? Antes de mirar no sucesso de gigantes como Fortnite, talvez seja melhor entender por que esses jogos funcionam — e por que tantos outros não.
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