Black Ops 7 é lançado e recebe críticas por uso de IA

Mais um lançamento, mais uma polêmica no mundo dos games: Call of Duty: Black Ops 7 chegou ao mercado e, como de costume, já está gerando debates acalorados entre os fãs. O jogo, um dos títulos de tiro mais queridos, teve seu pré-carregamento liberado recentemente, e os jogadores estão se divertindo em meio aos confrontos. Mas tudo não é só alegria — uma nova questão se tornou destaque nas redes sociais.
Os jogadores notaram a presença de elementos visuais criados por inteligência artificial dentro do jogo, especialmente nos famosos Cartões de Visita. Essa prática não é nova para a Activision, que já implementou ferramentas generativas de IA em outros títulos, como Call of Duty: Modern Warfare 3 e Black Ops 6. No entanto, a quantidade de itens produzidos dessa forma no novo jogo tem chamado mais atenção e gerado críticas intensas da comunidade.
Usuário expõe quantidade de assets de IA em Black Ops 7
Um usuário conhecido como Kumesicles compartilhou uma imagem no X (antigo Twitter) mostrando os Cartões de Visita que aparecem como recompensas. Ao analisar esses itens, ficou claro que muitos deles apresentavam características típicas de conteúdos gerados por IA. Essa postagem rapidamente se espalhou e iniciou uma conversa importante entre os gamers, embora não tenha sido a única a apontar essa prática preocupante. A Activision também usou esses ativos em diversas partes do jogo, incluindo na campanha solo e nos ícones de prestígio, que exigem horas de dedicação para serem desbloqueados.
À medida que mais jogadores vão experimentando Black Ops 7, é bem provável que outros exemplos surjam, mas até agora, esses foram os que mais geraram repercussão e descontentamento.
Recepção da comunidade e críticas na plataforma Steam
As reações à postagem de Kumesicles refletem a insatisfação daqueles que jogam, mesmo que esses elementos representem apenas uma parte pequena da experiência total. Um termômetro interessante para sentir o clima é a página do jogo na Steam, onde muitos usuários levantam a questão do uso excessivo de IA como um problema a ser enfrentado.
As críticas vão além disso. Questões como a impossibilidade de pausar a campanha e a exigência de conexão constante, além do incômodo de ter que recomeçar missões caso o jogador fique ausente, também têm aparecido.
Call of Duty: Black Ops 7 é lançado e fãs acusam jogo de estar “cheio de IA”; entenda o problema
Essas situações levantam uma questão pertinente: o que realmente está sendo entregue aos consumidores? Personalizações de personagens e perfis sempre foram atrativos, além de um bom motivo para microtransações. Os itens costumavam ser elaborados por artistas, resultando em um apelo visual que faz a diferença na experiência de jogo.
Ter um perfil visualmente distinto tem sido uma marca registrada nas partidas de Call of Duty. No entanto, muitos agora sentem que a substituição desse trabalho cuidadoso por conteúdo automatizado é uma perda de qualidade comparada a jogos anteriores. A Activision, sendo uma gigante do setor, tem recursos de sobra para contratar artistas que possam criar itens que realmente cativem os fãs.
Esse episódio, embora focado em um aspecto secundário, revela muito sobre a postura da empresa em relação a detalhes que podem fazer diferença. A partir disso, é possível observar que, mesmo com o sucesso comercial de Call of Duty, a estratégia de cortar custos e avaliar até onde a comunidade aceita isso poderá continuar no futuro. Será que a empresa repensará sua abordagem e traz de volta o trabalho manual para a criação de itens? Essa é uma expectativa que muitos jogadores têm, especialmente em um mercado tão competitivo e dinâmico.


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