Apesar de declarar força, Microsoft demite mais funcionários da divisão Xbox

Por Vinícius Medeiros Última atualização 2 jul, 2025 às 15:36

Enquanto a Microsoft comemora um bom momento em número de jogadores, jogos e horas de gameplay, mais uma leva de demissões atinge a divisão de games da empresa. A informação, confirmada por fontes da Bloomberg, revela que cerca de 4% da força de trabalho total da Microsoft foi afetada — o equivalente a aproximadamente 9 mil pessoas.

Dessa vez, até mesmo a King, desenvolvedora de Candy Crush, sentiu o impacto com o corte de 200 funcionários, o que representa 10% de sua equipe. Embora os números exatos de outras regiões e estúdios ainda não estejam claros, é a quarta rodada de demissões só em 2024 — e o clima é de incerteza.

Xbox vive o melhor momento… mas corta mais uma vez

Em um e-mail enviado aos funcionários e publicado pela The Verge, o CEO da divisão Xbox, Phil Spencer, admitiu o paradoxo da situação:

“Temos mais jogadores, mais jogos e mais horas jogadas do que nunca. Nosso roadmap e plataformas nunca estiveram tão fortes.”

Mas, logo em seguida, ele justificou os cortes como parte de uma estratégia de longo prazo:

“Precisamos tomar decisões agora para garantir o sucesso nos próximos anos. Isso exige foco nas oportunidades com mais potencial.”

Everwild cancelado e o cenário segue preocupante

Entre as consequências dessa nova rodada de cortes, surgiu também a notícia de que Everwild, projeto promissor da Rare, foi cancelado. O jogo, que ainda era um mistério mesmo após anos de desenvolvimento, agora entra para a lista de projetos engavetados pela Microsoft, junto com títulos de estúdios como Arkane Austin e Tango Gameworks (este último, posteriormente revivido pela Krafton).

Essas decisões, segundo Spencer, são “difíceis, mas necessárias”, reforçando que os funcionários afetados terão prioridade em vagas abertas dentro da Microsoft Gaming. Ainda assim, é impossível ignorar o impacto emocional e estrutural de demissões em massa que se repetem com tanta frequência.

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O que isso realmente significa para o futuro do Xbox?

Apesar da fala otimista de Phil Spencer, a realidade mostra que a Microsoft está apertando os cintos, mesmo após aquisições bilionárias e um catálogo de peso. Com a chegada iminente de Call of Duty: Black Ops 6 ao Game Pass e novos lançamentos no radar, o público se pergunta: o que mais será cortado para manter esse “foco estratégico”?

Mais do que nunca, a divisão Xbox parece caminhar entre a expansão e a contenção — crescendo para o consumidor, mas encolhendo internamente. Só o tempo (e os resultados futuros) dirão se essa estratégia realmente vai entregar o sucesso prometido “para as próximas gerações”.