Anno 117 mantém essência enquanto simplifica a série

Iniciada em 1998, a série Anno já percorreu diversos períodos históricos, desde as grandes explorações até cenários futuristas, como em 2205. Agora, a nova aventura, Anno 117: Pax Romana, leva os jogadores de volta ao auge do Império Romano, um início que promete nostalgia para os fãs.

A Ubisoft nos convidou para testar algumas horas do jogo, e pudemos explorar tanto o início da campanha quanto o modo Sandbox. O resultado? Um primeira impressão positiva. O jogo traz sistemas de controle mais simples, mas mantém a complexidade que a galera adora.

Uma viagem ao coração do Império Romano

Em Anno 117, a trama nos apresenta um período de relativa paz no Império Romano. Jogamos como Marcus, um jovem que precisa reconstruir uma província devastada por um vulcão e, ainda por cima, lida com o medo de ser descoberto como impostor.

O modo história atua quase como um tutorial bem elaborado. Ele ensina as mecânicas fundamentais de forma eficiente, semelhante ao que vemos em jogos como Settlers, também da Ubisoft. O segredo para seu império prosperar está na criação de cadeias de produção eficazes.

Logo no início, você vai precisar de madeira para construir casas. Mas não é só colocar um acampamento de lenhadores na floresta; é necessário conectar tudo. O acampamento precisa estar perto de uma madeireira, que, por sua vez, deve estar próxima a um armazém, e este precisa de uma estrada para que os materiais cheguem aonde devem. É um exemplo simples, mas ilustra bem como tudo se conecta no jogo, que se torna mais complexo à medida que sua população cresce. Depois de algumas horas, você já está gerenciando várias cadeias de produção e pensando em como otimizar tudo.

Controles mais intuitivos para todos

Uma grande ajuda nesse processo é a simplificação dos menus de Anno 117, pensado especialmente para quem vai jogar em consoles. Embora existam muitas construções e opções disponíveis, a navegação é mais amigável devido aos menus contextuais. Se você precisa produzir azeite, por exemplo, basta clicar sobre o item e já aparece a cadeia produtiva que precisa ser seguida. Dessa forma, fica fácil saber por onde começar.

A interface do jogo também é organizada para criar atalhos dinâmicos para as construções mais utilizadas. Assim, fica bem mais difícil se perder nos menus enquanto tenta construir uma casa ou checar quantas telhas tem para novas construções.

Claro, ainda há espaço para melhorias. Por exemplo, para remover algumas ruínas na campanha, é preciso uma certa quantidade de cordas — que o jogo diz que você precisa, mas precisará abrir outro menu para verificar quantas tem. Pequenos ajustes como esses poderiam elevar ainda mais a qualidade da experiência.

Uma boa primeira impressão

A campanha de Anno 117 serve como uma ótima introdução ao modo Sandbox, onde você tem liberdade total para construir civilizações e explorar interações diplomáticas com os vizinhos. Contudo, até onde jogamos, faltou um pouco mais de ação e conflito nas mecânicas centrais do jogo.

A trama apresenta uma reviravolta interessante no final que mostra que a narrativa pode ir além do trivial, mas muitas mecânicas ainda precisam ser mais exploradas. O modo Sandbox, por outro lado, é um pouco mais desafiador, mas com os conhecimentos adquiridos na campanha, você consegue enfrentar os obstáculos que aparecem.

Após nossa sessão de jogo, fica aquele desejo de explorar mais a fundo e usar tudo que aprendemos para novas partidas, sabendo melhor onde focar. É só esperar que a versão final, que chega no dia 13 de novembro, mantenha essa sensação de expectativa.

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