Análise de Reach para PS5 e PSVR2

Reach é a mais nova aventura em realidade virtual da nDreams, a mesma desenvolvedora por trás do aclamado shooter VR, Synapse. Desde o início, as expectativas estavam altas para essa nova empreitada.

Mas será que Reach consegue capturar a magia da VR que encontramos em Synapse, enquanto entrega uma experiência cinematográfica? Bom, mais ou menos.

No jogo, você assume o papel de Rosa, uma performer de dublês de cinema. Ela já é bem habilidosa em escalar e correr livremente, mas essas habilidades serão levadas ao limite quando um grande terremoto revela uma cidade subterrânea.

Lá, você encontra uma antiga espécie de estátuas vivas e histórias sobre entidades malignas que querem exterminar a raça humana. A interação com Atlas, uma estátua que se apresenta como a “parte boa”, traz um turbilhão de informações que, para muitos, pode ser bem maçante.

Esse é um dos pontos mais decepcionantes do jogo: uma narrativa fraca e um mundo pouco envolvente. Mas, felizmente, os mecânicos de parkour e escalada conseguem salvá-lo.

Desde o começo, saltar e escalar se sente incrível — embora pessoas propensas a enjoos de movimento possam não curtir muito a liberdade de movimentação. O jogo é bem lento no início, mas, à medida que avança, constrói sua base de movimentação com várias ferramentas.

Temos o escudo, que deflete danos e também pode ser encaixado em paredes para ajudá-la a subir mais alto. O drone de gancho permite que você se projete a grandes alturas com facilidade. E o arco, que, além de ser útil no combate, também pode usar suas flechas como âncoras de escalada em certas superfícies.

Conforme você se familiariza com essas mecânicas, o parkour e a escalada se tornam algo natural, que é exatamente o que se espera de um jogo de VR.

Isso também se reflete no combate, que pode ser um pouco monótono antes que diferentes mecânicas, como tipos especiais de flechas, sejam introduzidas. Quando você começa a saltar e usar o gancho ao redor dos inimigos, é muito divertido. Mas não chega a ter a mesma intensidade que a jogabilidade de Synapse, e também encontramos alguns travamentos durante o tempo de jogo.

Para quem valoriza um bom sistema de movimentação em um jogo de VR, Reach vale a pena ser conferido só por isso. Embora falte a mesma atmosfera de Synapse, com uma história sem graça e ambientes repetitivos, se você tiver paciência, pode encontrar diversão aqui.

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