Análise de Battlefield 6 para PS5

Introdução ao Battlefield 6: Uma Nova Aventura no Combate
Finalmente, chegou Battlefield 6, um jogo que promete ser a grande experiência que muitos fãs estavam esperando. Com foco no modo multiplayer, o retorno do Portal e uma campanha de tirar o fôlego, a expectativa é alta. No entanto, durante nossas primeiras impressões, encontramos um fator que deixou a desejar: as salas de jogo estavam lotadas de bots, o que não é exatamente a melhor maneira de sentir a adrenalina do multiplayer.
Diante disso, vamos explorar a campanha, que oferece uma verdadeira maratona de ação, durando cerca de seis horas. Ao longo de nove missões, você enfrentará inimigos, destruindo veículos e, quem sabe, até causando um pouco de alvoroço a bordo de um tanque.
A Trama Principal e Seus Desafios
A campanha, como de costume, mergulha no mundo da fantasia militar. Aqui, seu esquadrão enfrentará desafios quase impossíveis para combater uma ameaça global: a Pax Armata, uma imensa milícia privada decidida a desmantelar a ordem mundial.
Com algumas cenas bem dirigidas, o enredo pode soar um pouco sério demais em certos momentos. O jogo aborda temas como traição global e espionagem política, mas acaba se perdendo em um mar de jargões e nomes que podem confundir.
Apesar disso, há pontos positivos na narrativa. A relação misteriosa entre o líder do seu esquadrão e o vilão escocês Kincaid é interessante. No entanto, em meio a diálogos que tentam explicar as falhas da missão, é fácil se perder na confusão.
Struturalmente, a campanha pula entre o presente e as missões anteriores do esquadrão Dagger 1-3, o que dá uma sensação um pouco truncada à narrativa. Por vezes, ficamos com a impressionante vontade de que tudo fosse mais direto, com menos enrolação.
Ação Global em Diversos Cenários
Felizmente, as missões em si são bem feitas. O jogo se passa em locais variados, desde os apertados becos do Cairo até as ruas com casas de Brooklyn. Cada missão tem seu charme, seja em tiros de longa distância ou em momentos de furtividade, e a duração é sempre equilibrada.
Ainda que as missões não ofereçam uma profunda sensação de localização e sejam um pouco superficiais, conseguimos nos divertir com a destruição de uma casa em Brooklyn ou com a tensão de um tiro preciso nas montanhas do Tajiquistão.
As tiros durante a campanha são um ponto alto, com um ajuste perfeito nas mecânicas de combate. O movimento é responsivo, as armas têm uma sensação incrível, e a estética do jogo é impressionante. É divertido deslizar para a cobertura com um toque no botão e acertar os inimigos enquanto alterna entre esconderijos.
Mecânicas e Impressões Técnicas
Quando jogamos no PS5 Pro no modo Balanceado, a qualidade gráfica é realmente impressionante. As paisagens estão lindas, com destruições impecáveis e personagens bem modelados.
No entanto, nem tudo são flores. As transições entre a jogabilidade e as cenas cinematográficas em primeira pessoa deixaram a desejar, às vezes, arrastando nosso personagem de maneira estranha pelos cenários. Interações com objetos e portas poderiam ser mais precisas.
Outra questão é a mistura de cenas em tempo real e cinematográficas, onde as pré-renderizadas se destacavam pela qualidade inferior. Além disso, o jogo possui algumas peculiaridades técnicas, como a movimentação de personagens nem sempre acompanhando da melhor forma, mas nada que tire totalmente a imersão.
Considerações Finais da Campanha
Em suma, Battlefield 6 pode não ser o jogo ideal apenas pela sua campanha. No entanto, serve como um aperitivo enquanto aguardamos o verdadeiro prato principal. O jogo demonstra como a mecânica de tiro está bem polida e a experiência visual é agradável. Mas em termos de enredo e imersão, não traz muitas novidades. E, ao que parece, ao mergulharmos no multiplayer, as memórias dessa campanha podem rapidamente se esvair.
Comentários estão fechados.