Um recente relatório corporativo revelou que apenas 3% da receita da PlayStation no último ano fiscal vieram de vendas físicas. Isso significa que, dos cerca de 31,5 bilhões de dólares que a Sony arrecadou, apenas aproximadamente 945 milhões de dólares foram gerados com a venda de jogos em mídia física para PS5 e PS4. Embora essa quantia não seja insignificante, ela representa uma fração bem menor do que se imaginava.
É importante considerar alguns contextos que podem tornar esses números um pouco enganosos, como apontou o analista do setor Daniel Ahmad. Segundo ele, a divisão percentual pode dar uma ideia errada, principalmente porque a Sony reconhece a totalidade da receita apenas nas vendas de seus jogos de estúdios próprios, enquanto aplica um valor de royalties mais baixo para os jogos de terceiros.
Essa diferença se estende também a jogos digitais e conteúdos adicionais. Nesses casos, a Sony contabiliza o valor total das vendas, tanto para conteúdos de suas próprias marcas quanto de outras. Essa estratégia contábil afeta suas margens de lucro e, na prática, pode fazer os números de receita parecerem menores em comparação.
Portanto, essa marca de 3% na receita de jogos físicos pode ser um pouco enganosa. Ahmad menciona que as vendas unitárias poderiam ser um melhor indicador do desempenho dos jogos físicos, e atualmente representam aproximadamente 24% das vendas totais, o que equivale a cerca de 73 milhões de cópias de jogos em caixa no período de 12 meses encerrado em março.
Embora a participação de vendas físicas esteja em declínio, isso não diminui sua importância. Rumores recentes sobre o PS6 sugerem que a Sony está planejando incluir uma unidade de disco destacável no próximo console, permitindo que os consumidores escolham a melhor forma de jogar.
A Sony merece reconhecimento por manter um compromisso com jogos físicos, mesmo em um cenário onde a indústria está cada vez mais voltada ao digital. Por enquanto, essa opção ainda tem seu espaço no ecossistema da PlayStation.
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