‘Co-criador de The Last of Us critica o uso de IA generativa’

A Inteligência Artificial Generativa tem sido um assunto quente no mundo dos games, e nesta semana, algumas opiniões interessantes surgiram.
Swen Vincke, CEO da Larian Studios, gerou polêmica ao comentar sobre como sua equipe está utilizando ferramentas controversas no desenvolvimento de seu próximo jogo, Divinity. Agora, Bruce Straley, conhecido como co-criador e co-diretor de The Last of Us, também decidiu compartilhar sua visão sobre a IA generativa, e não foi nada positiva.
Em uma entrevista sobre seu próximo projeto, Coven of the Chicken Foot, Straley foi claro: sua equipe na Wildflower Studios não está usando IA generativa durante o desenvolvimento. Ele se referiu a esse tipo de tecnologia como um “beco sem saída criativo”. Para ele, “é uma cobra se comendo a própria cauda”. Ele acredita que a IA generativa não consegue pensar ou criar de forma autônoma, apenas reproduz o que já consumiu.
Coven of the Chicken Foot apresenta uma criatura companheira que aprende com o jogador e ajuda ao longo da aventura, algo que lembra Trico, de The Last Guardian. No entanto, mesmo que essa criatura seja movida por IA, Straley ressalta que toda a programação foi feita manualmente por desenvolvedores de verdade.
Ele expressou uma certa frustração ao notar que discutir seu novo jogo é complicado, já que o termo “companheiro de IA” pode gerar mal-entendidos. “É difícil até mesmo apresentar o conceito dessa criatura. No meu entendimento, NPCs já são uma forma de IA”, disse ele.
Diante dessa nova realidade, ele pondera sobre como não pode mais se referir à sua criatura como o “mais avançado companheiro de IA”, pois isso pode levar as pessoas a pensar que usaram aprendizagem de máquina e tudo mais. “Não fizemos nada disso. Foi um trabalho duro, muita resolução de problemas e pensamento criativo. Isso, para mim, faz a arte ainda mais charmosa”, completou.
Straley acredita que a arte criada por IA generativa falta a essência que torna a produção humana significativa. “Sem uma pessoa por trás da criação, eu, pessoalmente, não tenho interesse em assistir a um programa feito por um robô ou em olhar para uma arte gerada por um computador. Não acho que isso seja arte”, declarou.
Neste ano, foram vários os exemplos de jogos que implementaram IA generativa de alguma forma, como ARC Raiders, Call of Duty: Black Ops 7 e Let It Die: Inferno, que geraram críticas e debates entre os jogadores.


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