Metroid Prime 4 é o jogo mais mal avaliado da franquia

Depois de anos de espera, incertezas e até momentos em que muitos duvidaram que aconteceria, Metroid Prime 4: Beyond finalmente é uma realidade. O lançamento marca o primeiro jogo totalmente inédito da série Prime em mais de uma década — um retorno histórico que reacende o entusiasmo em torno de uma das franquias mais influentes da Nintendo.

Apesar disso, o novo título da saga estrelada por Samus Aran estreia com uma marca curiosa: ele se tornou o jogo com a menor avaliação média da franquia Prime, ainda que seus reviews sejam bastante positivos.

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A recepção crítica de Metroid Prime 4: Beyond

Com as análises já consolidadas, Metroid Prime 4: Beyond registra nota média de 80 baseada em 63 reviews publicados para o Nintendo Switch 2.

Em outras palavras, estamos falando de uma nota excelente — especialmente considerando que jogos com avaliação 7/10 já são considerados muito bons pela crítica especializada. Ainda assim, parte dos fãs que acompanharam o desenvolvimento turbulento do projeto pode ter sentido o impacto da comparação com os títulos anteriores.

Para colocar em perspectiva:

  • Metroid Prime (2002) — 97
  • Metroid Prime 2: Echoes (2004) — 92
  • Metroid Prime 3: Corruption (2007) — 90

Ou seja, Beyond quebra uma sequência de jogos consagrados com avaliações acima de 90, algo raro no mundo dos videogames. E por um período durante a onda inicial de análises, a nota chegou até mesmo a ficar abaixo de 80.

Mas, no contexto atual, em que a crítica tornou-se mais rígida e os consumidores extremamente exigentes, alcançar média 80 continua sendo um resultado robusto para qualquer lançamento AAA — especialmente um aguardado por tantos anos.

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O que esperar da nova aventura de Samus

Mesmo com uma nota mais “modesta” em relação aos clássicos, Metroid Prime 4: Beyond entrega aquilo que sempre definiu a série:

  • exploração profunda em ambientes alienígenas,
  • sensação constante de isolamento,
  • combates precisos,
  • narrativa investigativa,
  • mecânicas icônicas — incluindo, claro, a tradicional morph ball.

Os analistas destacam a ambientação impecável e o retorno à imersão em primeira pessoa que tornou o primeiro Metroid Prime um marco. Além disso, a chegada simultânea ao Nintendo Switch e ao Switch 2 garante uma experiência bem otimizada, com melhorias visuais perceptíveis na nova geração do console.

A campanha é apontada como densa e envolvente, ainda que alguns críticos mencionem expectativas desencontradas após tantos anos de criação e reinício de desenvolvimento. Nada, porém, que tire o brilho de um game feito com ambição e respeito às raízes da franquia.

Comparações são inevitáveis — mas justificadas?

Imagem: Nintendo

Quando um jogo segue sucessos quase perfeitos, como o Metroid Prime original (97 no Metacritic), é natural que exista pressão. A série se tornou um patamar de qualidade tão alto que até uma nota excelente como 80 pode soar decepcionante para parte do fandom.

Mas vale lembrar que o mercado mudou, o estilo de jogo amadureceu e a forma de criticar evoluiu — nem sempre para melhor. A hipercrítica do público e da imprensa, comum nos últimos anos, também contribui para avaliações mais duras.

No fim, o que importa é a experiência que cada jogador terá. E pelas primeiras impressões, Metroid Prime 4: Beyond é sólido, refinado e totalmente alinhado ao DNA da franquia.

Vale a pena jogar Metroid Prime 4: Beyond?

A resposta mais honesta é: sim, especialmente se você já gostava da série ou aprecia jogos de exploração e atmosfera sci-fi.

A nova aventura de Samus Aran mantém o espírito que tornou a franquia lendária, apresenta novidades relevantes e ressurge de um desenvolvimento conturbado com muito mais acertos do que erros.

Os reviews podem influenciar, mas não determinam sua experiência. E, se há algo claro nesta estreia, é que Metroid Prime 4: Beyond merece ser jogado — independentemente de comparações ou notas.

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