Diretor de Persona 5 propõe mudanças nos RPGs japoneses

Um veterano da Atlus, com mais de 30 anos de experiência em RPGs japoneses, Katsura Hashino está pensando grande sobre o futuro do gênero. Durante a conferência G-Star, o diretor de Persona 5 e Metaphor: ReFantazio compartilhou sua visão de um mundo onde os fundamentos dos RPGs poderiam ser completamente transformados.

Ele propõe a ideia de uma “era 3.0” para os RPGs japoneses, que estão atualmente na fase 2.0. Para contextualizar, ele classifica a fase 1.0 como a época dos grandes clássicos, incluindo os primeiros jogos de Final Fantasy, que continuam a evoluir ao longo dos anos.

### Uma Nova Abordagem para os RPGs

Para Hashino, a intenção é clara: ele deseja levar o gênero a um novo patamar. Ele acredita que a próxima geração de RPGs precisa ser mais abrangente, com dimensões maiores e mudanças fundamentais na estrutura e na apresentação dos jogos. Embora ele não tenha dado detalhes precisos sobre o que essa era 3.0 incluiria, a esperança está em uma aposta em novas propostas criativas.

Ele também comentou que as séries Persona e Shin Megami Tensei já estão se adaptando a essas mudanças. Segundo o diretor, os jogos modernos não só apresentam gráficos melhores, mas também são muito mais responsivos, garantindo que a experiência do jogador seja cada vez mais envolvente.

### Mudanças na Criação e Produção

O trabalho de Hashino não para por aí. Ele, junto com o diretor Shigenori Soejima, está agora à frente do Studio Zero, onde a ideia é criar novas propriedades intelectuais. Isso é essencial para a Atlus, evitando que a empresa fique presa apenas ao sucesso de títulos que já foram lançados.

Embora Metaphor: ReFantazio tenha obtido sucesso, ele segue uma estrutura que não distoa muito dos jogos mais recentes da série Persona. Essa continuidade mostra que, mesmo em busca de inovação, a essência dos jogos ainda é valorizada.

### Influência Global

Durante a G-Star, Hashino também ressaltou que o cenário atual permite que o estilo japonês de RPGs seja explorado por diversos estúdios internacionais. Um bom exemplo disso é o jogo Clair Obscur: Expedition 33, que se encaixa nas características da geração 2.0, destacando como o gênero continua a se espalhar e se reinventar pelo mundo.

A busca constante por inovação e criatividade, ao mesmo tempo em que se respeita o legado que esses clássicos deixaram, continua a ser um dos grandes desafios e diferenciais da indústria dos RPGs.

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