Shawn Layden critica investimento em jogos live service

Shawn Layden, que comandou a Sony Interactive Entertainment durante a época de maior sucesso do PlayStation 4, não está tão empolgado com a onda dos jogos live service. Em uma conversa recente, ele chamou esses jogos de uma “miragem” que muitas vezes não justificam os investimentos feitos pelas empresas.
Ele observou que várias desenvolvedoras, inspiradas em sucessos como Fortnite e Overwatch, tentam replicar essas fórmulas, mas isso pode ser uma armadilha. Segundo Layden, a ideia de que grandes quantias de dinheiro virão facilmente todos os dias é um mito. Na sua visão, essa realidade é bem diferente da maioria das experiências de mercado.
A Questão do Live Service
Layden também revelou que a ênfase da Sony em jogos live service contribuíram para sua decisão de deixar a companhia. Durante sua gestão, ele esteve à frente do lançamento de títulos icônicos como Horizon Zero Dawn, Ghost of Tsushima e God of War. Para ele, isso mostrava o verdadeiro valor dos games focados em narrativas únicas e experiências single player.
Ele acredita que a Sony estava no caminho certo ao priorizar jogos com histórias marcantes e envolventes. Sua visão é que o que realmente importa são os jogos que proporcionam narrativas emocionantes.
O Inesperado Sucesso dos Live Services
Para Layden, o fenômeno de jogos como Fortnite é mais sobre um sucesso inesperado do que uma fórmula mágica que pode ser facilmente reproduzida. Aliás, ele não vê jogos live service como verdadeiramente relevantes. Ele os descreve como “dispositivos de engajamento” que não oferecem uma experiência de jogo realmente satisfatória.
Recentemente, a Sony tem se mostrado mais cautelosa em seu investimento nesse tipo de jogo. Um exemplo claro dessa mudança de direção foi o fracasso de Concord, que teve um encerramento precoce, com menos de um mês após seu lançamento – um claro sinal de que nem todos os lançamentos são promissores.
Reflexões sobre o Futuro
Apesar de não estar mais na Sony, Layden continua a opinar sobre a evolução da indústria de games. Ele levanta discussões interessantes, até mesmo polêmicas, como a necessidade de reajustar o preço dos jogos a cada nova geração, em resposta aos altos custos de desenvolvimento e a fatores como a inflação.
Essas ideias nos fazem refletir sobre o que realmente queremos nos jogos: experiências envolventes que nos transportem para outros mundos ou uma busca incessante por lucros? A conversa sobre o futuro dos games é cheia de nuances, mas, sem dúvida, as narrativas e as histórias sempre estarão no coração da experiência de jogar.


Comentários estão fechados.