Battlefield 6 – Vale a pena?

Quando a EA anunciou o retorno de Battlefield 6, muitos fãs sentiram aquele frio na barriga típico de quem espera um verdadeiro espetáculo de guerra moderna. E, olha, o novo capítulo da franquia chega justamente com essa promessa: unir o melhor do multiplayer, o retorno do nostálgico Portal e uma campanha cinematográfica que te coloca no meio de um conflito global digno de filme de ação.
Mas será que o jogo entrega tudo isso? A resposta é… depende do que você procura.
Uma campanha digna de blockbuster
Logo de cara, a campanha de Battlefield 6 mergulha o jogador em uma história repleta de explosões, traições políticas e combates intensos em diferentes partes do mundo. São nove missões espalhadas por cenários que vão das ruas estreitas do Cairo até os bairros de tijolos de Brooklyn, passando por montanhas cobertas de neve no Tajiquistão.
O enredo gira em torno da Pax Armata, uma organização militar privada disposta a derrubar governos e instaurar sua própria ordem global. A trama tenta equilibrar ação com temas políticos mais densos — espionagem, traição e poder —, embora às vezes leve tudo um pouco a sério demais.
Mesmo assim, é impossível não se empolgar quando o jogo te coloca dentro de um tanque ou te manda invadir uma fortaleza inimiga em meio a um tiroteio de proporções cinematográficas. Cada missão tem sua própria “personalidade”, alternando entre momentos de stealth, franco-atirador e puro caos controlado.
Gameplay que mostra o melhor do DNA Battlefield
Se tem uma coisa que Battlefield sempre soube fazer, é entregar tiroteios de impacto — e aqui não é diferente. O som das armas tem um peso absurdo, os efeitos visuais de destruição impressionam e o DualSense transforma cada disparo em uma experiência tátil imersiva.
A movimentação é fluida, a recarga das armas é rápida e o ritmo do combate mantém o jogador em constante estado de alerta. Mesmo com uma campanha curta — cerca de seis horas —, o jogo faz questão de mostrar o quão afiada está a sua jogabilidade.
Visual impressionante, mas com tropeços técnicos
Rodando no PS5 Pro em modo Balanced, Battlefield 6 brilha em seus visuais: explosões, partículas, fumaça e destruição dinâmica fazem cada batalha parecer viva. Porém, a transição entre cenas cinematográficas e jogabilidade nem sempre é suave.
Alguns bugs de posicionamento e falhas sutis de colisão acabam tirando um pouco da imersão. Além disso, há uma diferença perceptível entre as cutscenes pré-renderizadas e as feitas dentro do próprio motor gráfico — e isso salta aos olhos.
Nada que destrua a experiência, mas o nível de polimento ainda não está no mesmo patamar de produções rivais.
Um “aquecimento” para o verdadeiro campo de batalha
Vale lembrar: durante o período de análise, os servidores ainda estavam vazios — o que significa que a experiência multiplayer, o coração de Battlefield, ainda não pôde ser testada como deveria. Por enquanto, só foi possível enfrentar lobbies cheios de bots, o que tira boa parte da graça do jogo.
Mesmo assim, a campanha cumpre um papel importante: aquecer os motores até o lançamento completo dos modos online. Ela mostra o potencial do jogo, apresenta a nova engine e oferece um gostinho do que está por vir quando os servidores forem povoados por jogadores reais.
Battlefield 6 é promissor, mas ainda precisa provar seu valor
Battlefield 6 não é um jogo para ser comprado apenas pela campanha — e a própria EA parece saber disso. Mas o que ele entrega já é suficiente pra reacender o entusiasmo dos veteranos da série.
Com tiroteios intensos, visuais de cair o queixo e um enredo que, mesmo confuso em alguns momentos, diverte quem busca pura ação, o game se posiciona como um prólogo empolgante para o que realmente importa: o modo multiplayer.
No fim, Battlefield 6 é aquele tipo de jogo que faz você desligar o cérebro, sentir o peso da arma nas mãos e simplesmente se deixar levar pelo caos. Quando os servidores estiverem cheios e as partidas começarem pra valer, é bem provável que o campo de batalha volte a ser o que sempre foi: um dos palcos mais intensos do mundo dos games.
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