Games podem se tornar artigo de luxo, aponta analista

Nos últimos dias, o mercado de games passou por mudanças significativas, especialmente com o anúncio de que a Electronic Arts está à venda e o aumento nos preços do Game Pass. Esses eventos estão sendo observados de perto pelo analista Brandon Sutton, da MIDiA Research. Segundo ele, a indústria está em busca de lucros cada vez maiores, o que pode levar a uma realidade onde os jogos se tornem verdadeiros artigos de luxo para algumas pessoas.

Sutton também comentou sobre o reajuste do Game Pass, apontando uma tendência geral de aumento nos preços. Esse fenômeno, segundo ele, é impulsionado pela inflação e pelos custos crescente de desenvolvimento dos jogos. Além disso, a consolidação na indústria deixou as grandes empresas mais confiantes para elevar seus preços, acreditando que não perderão consumidores no processo.

Uma das alertas que Sutton fez é sobre o impacto que esses aumentos podem ter na percepção dos consumidores. Ele afirma que o aumento geral nos gastos pode fazer os jogadores verem os games como um luxo em vez de um entretenimento acessível. Essas mudanças nos preços, somadas ao aumento do custo de vida, podem levar muitos a priorizar outros aspectos em suas rotinas, fazendo dos jogos algo secundário.

Aumentos podem ter efeitos duradouros entre os gamers

Sutton analisa que, ao preparar o aumento do Game Pass, a Microsoft deve ter levado em conta a possibilidade de perder assinantes, incluindo muitos dos fãs mais leais do Xbox. No entanto, ele acredita que cálculos internos indicam que as possíveis cancelamentos não terão um grande impacto nas receitas da empresa.

Ele destaca que os consumidores estão enfrentando uma pressão financeira crescente neste momento. Assim, essa combinação de aumento de preços e uma sensação de confiança abalada pode trazer consequências a longo prazo para a marca Xbox.

O analista também menciona que a compra da Electronic Arts deverá acompanhar cortes de custos e demissões. Ele acredita que estúdios como a BioWare poderiam fechar ou ser vendidos, enquanto outras divisões podem intensificar o uso de tecnologias como a inteligência artificial para otimizar processos.

Além disso, Sutton reflete sobre o envolvimento da Arábia Saudita no negócio. Ao adquirir a Electronic Arts, o país não apenas assegura uma empresa lucrativa, mas também constrói uma conexão com audiências globais, especialmente por conta das franquias esportivas que a EA mantém, algo que certamente é atraente no cenário atual do mercado de games.

Comentários estão fechados.