Desenvolvedor de Ghost of Yotei explica avanço técnico no PS5

Nos meses que antecederam o lançamento de Ghost of Yotei, o jogo enfrentou algumas críticas por lembrar bastante Ghost of Tsushima, lançado em 2020. Mas, pelo que parece, a sequência realmente aproveita todo o potencial do PS5, trazendo gráficos que o jogo anterior não conseguiria suportar.

Em uma conversa com a revista Automaton, a diretora de arte Joanna Wang compartilhou como essa evolução tecnológica impacta Yotei. Para ela, uma das principais melhorias foi a distância de visualização. “Para mostrar a imensidão do mapa de Hokkaido, percebemos que precisávamos renderizar vistas distantes com alta fidelidade e profundidade precisa”, explicou Wang. Isso é especialmente visível em comparação com as áreas mais restritas de Tsushima.

Ela continuou revelando que agora é possível carregar milhões de elementos ao mesmo tempo, com dezenas de milhares visíveis na tela. “Nós temos partículas em tempo real, como folhas, neve, cinzas e névoa, com números que chegam a centenas de milhares, tanto de perto quanto de longe”, comentou.

Wang também destacou como aspectos como os céus estrelados, auroras, transições de dia e noite, e a forma como a grama e o terreno são representados foram aprimorados. Um exemplo interessante é a maneira como a neve é realista ao cair das árvores. Tudo isso ajuda a criar um mundo mais vivo e interativo, mostrando a força do PS5.

Apesar de Yotei não parecer um salto gráfico colossal em relação a Tsushima logo de cara, a verdade é que o mundo aberto se beneficiou bastante do processamento superior do novo console.

Do ponto de vista artístico, Wang comentou sobre a estética geral do jogo. “Em fotos reais, aparecem padrões aleatórios de ruído, mas, como buscamos uma aparência ‘pinturesca’, removemos esse ruído, tanto das texturas individuais quanto das cenas como um todo”, afirmou. Por exemplo, em um campo de grama, pode-se adicionar apenas flores brancas para os cavalos galoparem, evitando uma mistura excessiva de cores. Essa abordagem minimalista atrai o olhar para o que realmente importa.

Essa filosofia é aplicada em tudo, desde as texturas menores até a paisagem geral, resultando em um mundo coeso, bonito e harmonioso.

É importante lembrar que Ghost of Tsushima não era exatamente um “monstro gráfico” na época do seu lançamento, carecendo dos detalhes intensos que outros estúdios da PlayStation, como Naughty Dog, costumam oferecer. Contudo, sua direção de arte impecável compensou as pequenas falhas, apresentando um mundo aberto repleto de visuais incríveis.

Como você está se sentindo em relação a Ghost of Yotei até agora? Acha que o botão de criar do seu DualSense estará sempre em uso?

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