Dying Light: The Beast é uma sequência fiel e intensa

Pelas mãos da Techland, a série Dying Light sempre trouxe uma mistura única de parkour e sobrevivência em ambientes recheados de zumbis. Desde seu lançamento em 2015, os fãs pediam um novo capítulo que pudesse expandir ainda mais essa combinação explosiva. E com Dying Light: The Beast, a espera parece ter valido a pena.

Inicialmente planejado como uma expansão para Dying Light 2: Stay Human, o jogo se transformou em uma experiência solo completa. Essa escolha se mostra acertada, entregando um título que respeita suas raízes e ganha vida própria, consolidando-se como uma nova entrada na franquia.

Prepare-se para mergulhar em uma caça brutal e eletrizante com Kyle Crane, que retorna em grande estilo e promete horas de diversão.

O retorno de Kyle Crane

Aqui, voltamos a controlar Kyle Crane após 13 anos desde a primeira aventura. Ele estava nas garras de um vilão conhecido como Barão, que o transformou em cobaia em um laboratório sinistro. Essa tortura deixa marcas profundas em Crane e, ao escapar, ele embarca em uma jornada de vingança.

Desta vez, suas ações não são de um mero sobrevivente, mas de um caçador decidido a destruir seu opressor. A história traz um tom mais cinematográfico, com um resumo narrado no início para relembrar aos jogadores os eventos passados. E tem algo super legal: a dublagem original retorna, trazendo a intensidade necessária para a narrativa.

Bem-vindo a Castor Woods

O cenário de Castor Woods é um espetáculo à parte. Enquanto Harran e Villedor inspiravam-se em locais da Turquia e França, respectivamente, agora sentimos influências de florestas densas e montanhas geladas que parecem saídas da Suíça. O ambiente funciona quase como um personagem, e a Techland fez um ótimo trabalho ao criar um mundo aberto, que é um pouco menor que Villedor, mas muito mais rico em atividades.

Ainda assim, ao explorar esse novo vale, alguns detalhes gráficos podem parecer não tão polidos, como texturas más. Tidak é algo que interfira na jogabilidade, mas para os olhos mais críticos, é um pequeno detalhe a ser notado.

Parkour, veículos e muito mais

O parkour continua sendo o coração pulsante da série. Escalar montanhas, atravessar cabanas e explorar áreas abandonadas são experiências intuitivas e desafiadoras. A Techland trouxe novidades no uso de veículos que ajudam a percorrer o mapa. Você pode pilotar uma picape robusta, essencial para lidar com hordas de zumbis.

A mecânica de veículos, embora útil, requer manutenção, já que o combustível não é infinito. Cuidado com os danos, pois atropelar zumbis pode causar explosões!

O combate visceral e a fúria indomável

A luta corpo a corpo ganhando um novo brilho. Com armas brancas como machados e bastões, a sensação de impacto é real. Um soco-inglês traz uma experiência rápida e cheia de ação.

A grande novidade é o Modo Fera, resultado dos tormentos que Crane sofreu. Ao ativá-lo, ele se transforma em uma criatura indomável, capaz de causar destruição em massa. Essa habilidade, que é alternativa à “Fúria Espartana” de God of War, se enche conforme Crane leva dano e ataca. Enfrentar as Quimeras, criaturas geneticamente modificadas, também é vital para aprimorar seus poderes.

Cai a noite na cidade

A noite sempre foi um momento tenso na franquia. Os Voláteis se tornam uma ameaça real, e escapar deles é um desafio. A luz UV pode dar algum tempo, mas não se confunda: se for visto, a chance de sobrevivência é baixa.

Para aqueles que não têm coragem de explorar à noite, existe a opção de dormir, mas missões noturnas oferecem recompensas únicas. As missões secundárias também estão mais bem elaboradas, embora algumas possam parecer um pouco repetitivas.

Desempenho técnico

Dying Light: The Beast brilha em termos de performance. A otimização é notável, e o jogo se mantém fluido, com gráficos que impressionam, especialmente nos rostos dos personagens.

Em termos de duração, você pode esperar cerca de 25 horas para completar a história principal. E se o seu negócio é explorar ao máximo, até 45 horas de jogatina esperam por você.

Vale a pena?

Dying Light: The Beast é um passo à frente para a franquia. O retorno de Kyle Crane traz um novo peso à história e proporciona uma jogabilidade refinada. A Techland soube integrar novidades e preservar o que já funcionava bem, resultando em uma ótima experiência de jogo.

Se você está buscando uma aventura brutal e divertida, este título é uma ótima escolha para os fãs da série e novos jogadores.

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