Hideo Kojima nunca parou de pensar em novos projetos

Poucos nomes são tão respeitados e reverenciados na indústria dos videogames quanto Hideo Kojima. Visionário, inovador e considerado por muitos um verdadeiro autor dentro do mundo digital, o criador japonês moldou algumas das experiências mais inesquecíveis dos últimos 30 anos.
Mas, em uma entrevista recente, Kojima surpreendeu ao revelar que sua mente criativa pode ser, ao mesmo tempo, uma bênção e uma maldição. Segundo ele, a inspiração constante é quase como uma “doença”, que nunca o deixa em paz e o faz viver entre mundos imaginários mesmo quando está com sua família.
Do Metal Gear a Death Stranding
A carreira de Kojima começou em 1986, quando entrou na Konami. Apenas um ano depois, lançava Metal Gear, jogo que se tornaria o embrião de uma das franquias mais icônicas da história. Décadas depois, após uma saída conturbada da empresa em 2015, ele fundou a Kojima Productions, estúdio responsável pelo enigmático Death Stranding.
Sua visão única de unir cinema, filosofia e jogabilidade redefiniu o que significa contar histórias dentro de um videogame. Mais recentemente, em Death Stranding 2: On the Beach, Kojima voltou a surpreender o público com um projeto ambicioso e visualmente impressionante.
A criatividade que nunca descansa
Na entrevista, Kojima revelou que nunca consegue “desligar” sua mente. Ele explicou que está sempre pensando em mundos, personagens e histórias, seja ao assistir a um filme, ao caminhar na rua ou até durante conversas cotidianas.
“É quase como uma doença. Estou sempre imaginando coisas. Mesmo quando estou falando com minha família, em minha cabeça já estou em outro mundo”, disse o criador.
Essa intensidade criativa, segundo ele, traz consigo a dúvida: será que as ideias ainda serão relevantes quando finalmente puderem virar realidade? Muitos de seus projetos levam anos para sair do papel, mas isso não o impede de continuar criando incessantemente
O futuro da Kojima Productions
Além do sucesso de Death Stranding, Kojima já está envolvido em novos projetos, como OD e Physint, que prometem expandir ainda mais sua reputação como inovador. No entanto, o criador também pensa a longo prazo: em entrevistas anteriores, revelou que entregou a um assistente um pen drive cheio de ideias para garantir que sua influência continue mesmo depois de sua partida.
Essa preocupação, intensificada após a pandemia de COVID-19, mostra como Kojima enxerga seu legado como algo que vai muito além da sua própria vida. Ele deseja que suas ideias continuem inspirando jogadores e desenvolvedores por muitos anos.
Um legado imortal
Para os fãs, as revelações de Kojima reforçam o quanto sua mente está em constante movimento, transformando a criatividade em combustível para novas experiências. Mesmo descrevendo esse processo como uma “doença”, é justamente essa inquietude que o torna um dos maiores nomes da história dos videogames.
O que fica claro é que, enquanto existir Kojima, existirão novos mundos esperando para ser descobertos.
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