Battlefield 6 no PS5 é o jogo que esperávamos

Battlefield 6 é como um grito de guerra da EA. O jogo está sendo desenvolvido pelos novos Battlefield Studios, que juntou as equipes da DICE, Criterion, Ripple Effect e MOTIVE. E dá para perceber que eles estão colocando tudo, até a cozinha, nessa nova aventura.

Os fãs têm muito o que comemorar. O game promete um ambiente moderno, trazendo de volta a essência dos clássicos da série, como Battlefield 4. No modo multiplayer, serão nove mapas ao redor do mundo, incluindo a volta de um favorito dos jogadores de Battlefield 3. Além disso, teremos uma campanha completa e um Battlefield Portal super aprimorado.

Durante nossa experiência com o multiplayer, jogamos diversos modos, como Conquest e Squad Deathmatch. A primeira coisa que notamos foi a sensação de que tudo ficou mais “concreto”. Após a jogabilidade um pouco flutuante de Battlefield 2042, Battlefield 6 parece realmente ter os pés no chão.

A movimentação é mais pesada, e você sente isso em cada movimento — seja subindo, deslizando ou se jogando no chão. A forma como você manuseia as armas também foi repaginada, com mecânicas que lembram a série Call of Duty, como se inclinar em cantos e beiras. Isso trouxe uma dinâmica incrível, aumentando o caos tático pelo qual a série sempre foi conhecida.

As armas em Battlefield 6 estão mais “punchy”, com uma sensação mais imersiva, especialmente com o feedback tátil do controle DualSense. O sistema de classes está de volta, e cada tipo de arma — rifles de assalto, SMGs, rifles de precisão e LMGs — tem sua própria identidade.

Brincamos com a personalização dos loadouts, que segue um padrão similar ao sistema Pick 10 do Call of Duty. Você pode escolher entre miras, carregadores estendidos, canos e outros acessórios. É uma pena que o sistema de personalização em tempo real de Battlefield 2042 não foi incluído, já que achávamos essa funcionalidade bem útil.

Você vai precisar de diferentes loadouts para os modos do jogo. Os modos em grande escala, como Conquest e Breakthrough, proporcionam a experiência de guerra total que todos esperavam. Porém, alguns modos menores também foram um grande sucesso. Gostamos bastante do Squad Deathmatch, que coloca quatro equipes de quatro para atingir 50 eliminações.

Os mapas são diversos e vão desde regiões montanhosas do Tirjikistão até as ruas de Nova York. A estética visual deles é belíssima, com um design que permite vales amplos para snipers e gargalos apertados. Cada mapa é adaptado para seus respectivos modos, tornando a experiência muito mais imersiva.

Outra adição interessante é a chamada Destruição Tática. Embora não seja tão dinâmica quanto em outros jogos, quando paredes e andares caem, é incrível. As visões de destruição são impressionantes, com fumaça e destroços por toda parte. Taticamente, isso permite acabar com a cobertura dos inimigos, criar novas passagens e até mesmo desabar estruturas inteiras.

Porém, notamos que não há uma clara demarcação sobre o que pode ser destruído. Em algumas situações, pensamos que tínhamos feito um bom movimento, mas acabamos diante de paredes indestrutíveis. Acreditamos que com mais tempo de jogo, entenderíamos melhor essa mecânica, mas foi um dos principais pontos de frustração durante nossa experiência.

Quando a poeira assenta e os escombros se espalham, o que realmente brilha em Battlefield é o caos cinemático que a série sempre ofereceu. O design sonoro é excepcional, com jatos e foguetes passando, edifícios desmoronando e balas ricocheteando ao seu redor. Cada momento emocionante, mesmo quando estávamos levando a pior, faz você lembrar do quanto ama Battlefield.

Visualmente, o jogo é impressionante no PS5. Não notamos quedas de desempenho, e a qualidade gráfica realmente impressiona. Há uma abundância de partículas e efeitos, mas nunca tivemos dificuldade para ver os inimigos, algo que já foi um problema em outros jogos de tiro em grande escala. Estamos curiosos para ver quais melhorias a versão do PS5 Pro vai trazer.

Ao final da nossa sessão, já estávamos ansiosos por mais horas de jogo. A sensação lembrava os grandes dias de Battlefield 3 e 4. Embora ainda não tenhamos visto como o jogo vai lidar com o suporte pós-lançamento, e muito menos o Portal ou a campanha, a parte multiplayer já é suficiente para nos deixar animados. É explosivo, cinematográfico e, o mais importante, é a verdadeira essência de Battlefield. Battlefield 6 pode ser o jogo que tanto esperamos da série.

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