Grupo de games afirma que manter jogos online é custoso

Diante do encerramento de jogos como The Crew e Multiversus, uma petição chamada Stop Killing Games ganhou força entre os jogadores no Reino Unido. Com mais de 1 milhão de assinaturas, a iniciativa busca preservar jogos online e gerou uma resposta, não muito otimista, de um grupo representativo das empresas de games no país.

A Video Games Europe, que representa essas empresas, afirmou que preservar jogos mesmo após o fechamento dos servidores é “caro demais”. A entidade disse que, embora essa situação seja frustrante para os jogadores, a indústria se esforça para avisar com antecedência sobre as mudanças, seguindo as leis de proteção ao consumidor.

Segundo o grupo, não é viável permitir que os jogadores mantenham servidores privados de seus jogos favoritos. Eles argumentam que isso poderia comprometer a segurança dos dados dos jogadores, além de dificultar o controle sobre conteúdos ilegais e potencialmente prejudiciais.

Objetivo da Stop Killing Games

Apesar do posicionamento da Video Games Europe, muitos jogos já mostraram que é possível desenvolver versões offline após o fechamento dos servidores. A Ubisoft, conhecida por suas polêmicas, especialmente com o encerramento do The Crew original, está tomando medidas para que suas sequências sejam tratadas de forma diferente.

Um exemplo positivo é o jogo Knockout City, da Velan Studios, que continua acessível mesmo depois do fechamento dos servidores oficiais. A desenvolvedora tomou a iniciativa de garantir que o jogo não seria esquecido, mesmo sem o suporte online.

A campanha da Stop Killing Games visa chamar a atenção dos políticos da União Europeia. O foco é assegurar que os direitos dos consumidores sejam respeitados, permitindo que jogos adquiridos não se tornem obsoletos por decisões das desenvolvedoras.

Perda de jogos online

Infelizmente, a situação é alarmante. Enquanto The Crew ganhou notoriedade, muitos outros jogos estão sendo "desligados" quase diariamente. Um exemplo recente é o jogo Anthem, que vai encerrar suas atividades online no início de 2026.

Essa questão levanta bastante polêmica, especialmente porque muitas empresas tratam jogos digitais como licenças e não como compras definitivas. Essa prática prejudica os consumidores, enquanto algumas empresas parecem confortáveis com a ideia de que o público deve se acostumar a não ter propriedade total sobre seus produtos.

Essas mudanças no cenário dos jogos online tocam em aspectos importantes que vão além do simples entretenimento. Vale estar atento ao futuro desses títulos e às iniciativas que buscam garantir que eles possam ser desfrutados por mais tempo, mesmo com o fechamento de servidores.

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