Por que The Witcher 3 continua sendo insuperável 10 anos depois?

Sério, já se passaram dez anos. Uma década inteira desde que colocamos os pés em Velen, ajudamos uma senhora a recuperar sua frigideira e, claro, fomos emocionalmente destruídos pela missão do Barão Sangrento. E mesmo assim, cá estamos, voltando para esse mundo como se fosse a primeira vez.
Enquanto muitos jogos envelhecem como leite ao sol, The Witcher 3: Wild Hunt parece um bom vinho guardado na adega de Kaer Morhen. Lançado em maio de 2015, o RPG da CD Projekt Red virou referência instantânea e, para muitos, ainda não foi superado. E o mais impressionante? Nem mesmo os jogos atuais conseguiram roubar esse trono.
Escrita afiada e personagens que parecem gente de verdade
A mágica começa no roteiro. Não estamos falando só de um bom enredo, estamos falando de decisões com peso, diálogos que parecem conversas reais e personagens que não são só NPCs com um nome aleatório. Geralt é um dos protagonistas mais fascinantes dos games, e não porque ele é o herói imbatível, mas justamente porque ele está o tempo todo lidando com escolhas cinzentas, sem “certos” ou “errados”.
O jogo tem uma coragem rara: transformar uma simples missão de “vá até ali e mate tal monstro” em uma tragédia grega que te faz refletir sobre moralidade, redenção e até paternidade. O caso do Barão Sangrento virou aula de narrativa. Sim, aula.
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Um mundo vivo que te puxa para dentro (e não te solta)

Você pode até não estar jogando, mas provavelmente já sentiu saudade de Velen, Novigrad ou Skellige. Não é exagero dizer que The Witcher 3 tem um dos mundos abertos mais imersivos da história dos games. E não estamos falando só de tamanho, estamos falando de alma.
Cada vila tem seus próprios dilemas, cada canto escondido guarda uma surpresa, e cada pôr do sol tem cara de wallpaper digno de prêmio. Você sente o vento soprando, ouve os pássaros, e de repente… um grifo te ataca no meio da estrada. É esse tipo de caos bem orquestrado que faz tudo parecer vivo.
E por que ainda voltamos?
Porque jogos como esse são raros. Porque nenhum outro RPG conseguiu equilibrar tão bem história, mundo, personagens e jogabilidade. Porque a gente se apega. Porque Geralt virou parte da nossa vida gamer. E porque, no fundo, ainda temos aquele save com 200 horas esperando um “New Game +” só para relembrar os velhos tempos.
Mesmo que a indústria esteja virando os olhos para o multiplayer, as loot boxes e os serviços por assinatura, The Witcher 3 continua sendo uma carta de amor aos jogadores que só querem sentar, mergulhar numa boa história e esquecer da vida por umas boas horas. ou semanas.
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