Fim dos exclusivos? Diretor de No Rest for the Wicked acredita que Sony vai seguir os passos da Microsoft
Thomas Mahler, diretor criativo da Moon Studios, levantou um ponto interessante sobre o futuro da indústria de jogos: a possibilidade de a Sony seguir os passos da Microsoft e adotar uma estratégia multiplataforma. Mahler defende que limitar jogos a um único console restringe o crescimento do mercado e prejudica os jogadores.
Exclusividade: uma barreira à acessibilidade
Em um post no X, Mahler comparou a exclusividade dos jogos ao conceito de DVDs que só podem ser reproduzidos em leitores de marcas específicas, algo que ele considera impensável no mercado de filmes. Para ele, jogos deveriam ser acessíveis em todas as plataformas, permitindo aos jogadores escolher o hardware que preferem sem perder o acesso a grandes títulos.
Sei que algumas pessoas sempre querem que eu participe da guerra de consoles, mas acredito fortemente que @XboxP3 tem a abordagem certa.
Decidimos alguns anos atrás não fazer @wickedgame com a Microsoft porque naquela época não poderíamos lançá-lo para PlayStation e Switch e, como sabíamos o quão importante o multijogador e o jogo cruzado seriam, decidimos fazer uma parceria com a Take2.
Nos meus e-mails para Phil ao longo dos anos, eu sempre mencionava o quão louco seria se você só pudesse assistir a certos DVDs em aparelhos Sony, enquanto para outros você precisaria de um aparelho Samsung, etc. – Acho que todos podemos concordar que isso seria uma loucura para filmes, então por que os jogos seriam diferentes?
O XSX e o PS5 basicamente contêm o mesmo hardware hoje em dia, então portar de uma plataforma para outra não é mais um grande problema. Seus controles são basicamente os mesmos. As caixas do Steam também serão as mesmas. Não dar suporte a todos esses dispositivos não faz sentido, já que você acaba cortando uma grande parte do seu público potencial.
Os consoles estão presos atraindo os mesmos 100-150 milhões de jogadores há mais de duas décadas. Se quisermos ver a indústria crescer, precisa ser mais fácil para todos acessarem o conteúdo.
No momento, o preço da entrada ainda é muito alto, com as pessoas precisando comprar uma caixa de US$ 500 só para poder jogar.
No final das contas, você gostaria que todos com uma tela e um controle pudessem jogar todos os jogos para finalmente quebrar essa barreira e tornar os jogos disponíveis para todos.
Eu ficaria surpreso se a Sony não acabasse com a mesma estratégia. As pessoas deveriam comprar o dispositivo que mais gostam, mas deveriam ter acesso a todo o conteúdo.
E sim, a Nintendo continuará fazendo suas próprias coisas porque a Nintendo é a Nintendo e isso é bom.
Torcer para que uma grande corporação venda mais caixas do que outra me parece fantasticamente sem sentido – todos nós deveríamos compartilhar o amor pelos jogos!
Thomas Mahler, diretor criativo da Moon Studios
Mahler destacou que, nos últimos 20 anos, o número de jogadores em consoles permaneceu estável, entre 100 e 150 milhões. Ele acredita que facilitar o acesso aos jogos é essencial para expandir a base de jogadores e permitir o crescimento da indústria.
No Rest for the Wicked: um exemplo de inclusão
A Moon Studios decidiu desenvolver seu novo RPG de ação, No Rest for the Wicked, fora da alçada da Microsoft, já que isso permitiria o lançamento para PlayStation e Nintendo Switch, plataformas importantes para o jogo devido ao multiplayer e ao crossplay.
Desde seu lançamento em acesso antecipado no PC, o título tem recebido atualizações frequentes, como a introdução da dungeon Cerim Crucible, em julho de 2024, mostrando o compromisso do estúdio em oferecer conteúdos consistentes.
O futuro da exclusividade
Mahler acredita que, eventualmente, a Sony seguirá o exemplo da Microsoft e adotará uma abordagem mais inclusiva, embora preveja que a Nintendo continue focada em títulos exclusivos para seu hardware.
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Com a indústria de jogos evoluindo rapidamente, o debate sobre a exclusividade continua sendo um dos mais relevantes. E você, concorda com a visão de Thomas Mahler?
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